Mauro Mendes pode apoiar Bolsonaro, mas bolsonaristas-raiz não estão fechados com candidatura do governador e pontuam críticas a ele

Mauro Mendes pode apoiar Bolsonaro, mas bolsonaristas-raiz não estão fechados com candidatura do governador e pontuam críticas a ele
 Redação A recíproca, no caso, não é verdadeira. O governador Mauro Mendes enfrenta forte resistência de um grupo histórico de chamados bolsonaristas de raíz que vêm se recusando apoiar a reeleição do chefe do Executivo mato-grossense, mesmo este tendo já declarado apoio à candidatura de Jair Bolsonaro que, por sua vez, também postula um segundo mandato a presidente. O imbróglio aumenta à medida que o próprio governador teria rifado de sua chapa majoritária o nome do deputado federal Neri Geller, do PP, que alimenta a expectativa de concorrer ao Senado. Geller e seu grupo formaram uma das principais bases de apoio de Mendes em 2018, quando ele se elegeu governador. No entanto, o chefe do Executivo optou por ter hoje na sua chapa o  senador Wellington Fagundes, do PL, que concorre à reeleição. Fagundes, em 2018, ficou contra Mauro. Coisas da política! Troco? - Passados 4 anos, o grupo bolsonarista de primeira hora articula candidatura própria para se opor a Mendes e se espalha por várias siglas consideradas do arco de aliança do bolsonarismo mato-grossense. Um dos nomes mais em evidência para disputar o comando do Palácio Paiaguás é o da coronel Zózima, filiada ao PTB. Ela já discursa como pré-candidata ao Governo do Estado, com críticas diretas ao governador Mauro Mendes A cúpula do PTB deve formalizar, nos próximos dias, o nome da coronel PM Zózima Dias como pré-candidata ao Governo de Mato Grosso, nas eleições deste ano. Considerando que a pré-candidatura do presidente licenciado da Aprosoja Brasil, Antonio Galvan, ao Senado já "está consolidada", o PTB articula agora um nome para disputar o Palácio Paiaguás. O presidente regional da legenda, Victório Galli, disse que uma chapa pura para a disputa majoritária ganha força, e o nome da coronel Zózima Dias surge como alternativa para concorrer. “Estamos com uma chapa competitiva para estadual, federal e uma pré-candidatura ao Senado forte e com reais chances de vitória. Para o Governo, a coronel Zózima está animada com a disputa e tem total apoio do partido. Além de ser um nome da direita, Zózima é alinhada com as pautas defendidas pelo nosso presidente Bolsonaro”, disse Galli, por meio da assessoria. Com a definição do nome da coronel, o PTB espera apresentar uma alternativa ao Governo com um nome que atenderia ao eleitorado conservador do Estado. Para Galli, a maioria do eleitorado bolsonarista não aceitaria apoiar à reeleição do governador Mauro Mendes (UB). “Ele [Mauro Mendes] passou quase quatro anos sendo oposição ao presidente Jair Bolsonaro, mas, agora, quer o apoio de seus eleitores. Felizmente, isso não vai colar. A população está antenada e sabe identificar quem verdadeiramente está ao lado do atual presidente e das pautas que a direita defende”, disse a coronel Zózima, também por meio da assessoria de imprensa do PTB. A oficial da PM ainda acrescentou que não tem receio de enfrentar "a máquina pública comandada por Mauro". “Não será uma eleição fácil, mas a máquina e o poder financeiro do grupo político do atual governador não nos intimidam”, disse Para deputado federal, o PTB têm uma chapa com o próprio Victório Galli e deputado estadual Ulysses Moraes. Já para estadual, a sigla projeta eleger de dois a três estaduais. Além da coronel Zózima, a direção do PTB cogitou lançar Galli ou Ulysses Moraes ao Governo, mas ambos disseram estarem focados em concorrer à Câmara Federal. HISTÓRICO - A coronel Zózima é a idealizadora e ex-coordenadora do programa Rede Cidadã, que já atendeu milhares de crianças e adolescentes no estado. Em 2020, ela foi candidata a suplente de senadora, na chapa encabeçada pelo deputado federal José Medeiros (PL). Antes de colocar seu nome ao Governo, Zózima trabalhava sua pré-candidatura a deputada federal.