A restauração dos direitos dos trabalhadores, as políticas sociais fortes, serviços públicos de qualidade e acessíveis, atuação proativa do estado como agente indutor do desenvolvimento. Estas são as principais ideias que orientam a atuação e o discurso político da primeira dama de Rondonópolis, dona Neuma de Morais, pré-candidata a deputada federal pelo PSB. Na última semana, dona Neuma surpreendeu líderes políticos de seu partido em um evento fechado ao fazer um discurso pautado fortemente nas questões sociais e na crítica ao modelo econômico e político em vigor no país desde a derrubada da presidente Dilma Roussef, em 2016. Em sua fala, Dona Neuma desmontou a ideia cristalizada pelo governo de Jair Bolsonaro e seu ministro da economia, Paulo Guedes, em torno das medidas neoliberais como a redução do estado com privatizações generalizadas, a suspensão e redução de políticas e programas sociais, a supervalorização do investimento privado em áreas estratégicas para o desenvolvimento e a infraestrutura. Segundo dona Neuma de Morais, o país vive um profundo retrocesso por falta de sensibilidade dos políticos que detém o poder atualmente. Ela destaca que nos últimos três anos e meio, o Brasil perdeu praticamente tudo o que tinha conseguido avançar em termos de transformações positivas da qualidade de vida da população. “Durante os governos Lula e Dilma, tivemos muitas conquistas sociais. Infelizmente, estas foram anuladas pelo desmonte promovido depois do golpe que cassou a presidente Dilma. A partir desta eleição em dois de outubro, precisaremos resgatar o princípio original da função do estado como o responsável pela produção da qualidade de vida da nossa gente e não o contrário. Não é o povo que tem que servir ao estado e ao ‘mercado’, esta entidade que só suga as riquezas do país e não devolve nada para a população. É o estado e o mercado que tem que estar a serviço do bem estar de todos”, pontua a líder política. Com uma larga experiência na gestão pública, dona Neuma de Morais cita as transformações pelas quais Rondonópolis vem passando ao longo das administrações de seu marido, o prefeito Zé Carlos do Pátio, que comanda pela terceira vez, o Executivo Municipal. “A cidade viveu momentos de grandes avanços com a chegada de Lula e Dilma ao governo federal. Havia uma parceria muito produtiva naquela época entre nosso município e os ministérios. Bastava que a prefeitura levasse à Brasília os projetos que os recursos vinham. Tivemos o PAC 1 e PAC 2, foram construídas 12 mil casas populares, a água foi universalizada, a ferrovia chegou à Rondonópolis, construiu-se UPAs, Creches e escolas, a rede de esgoto atingiu mais de 90% da cidade. Mas, com a chegada do atual presidente ao poder, tudo parou, retrocedeu, foi desarticulado. Temos que restabelecer essa parceria novamente. E isso só é possível com a volta de Lula e Alckmin à presidência”, argumentou dona Neuma de Morais. Militante sindical na juventude e com uma atuação de mais de 30 anos junto à população mais carente do município, Neuma de Morais diz ter sido desafiada a postular uma cadeira na Câmara Federal neste momento de grave crise econômica, social, política e institucional que o país atravessa. Confiante na força das bases populares que apoiam sua pré candidatura ao Congresso, ela diz não temer as reações e críticas dos segmentos mais conservadores de Rondonópolis e de Mato Grosso. “Nós sempre estivemos na luta ao lado do povo, ao lado dos mais fracos, dos pobres, oprimidos e invisibilizados. Não íamos recuar agora que o Brasil sofre todo esse retrocesso”, disse Neuma de Morais. “Recebemos o chamado para sermos a voz forte em defesa das causas sociais, dos direitos dos trabalhadores, dos mais carentes lá em Brasília e não vamos recuar”, garantiu. Consciente de que não bastará eleger Lula e Alcknin para a presidência, Neuma de Morais afirmou que vai trabalhar para que a população entenda a importância de eleger uma bancada federal no Congresso que seja comprometida, de fato, com a defesa do futuro presidente Lula e de seu vice, Alckmin. “Com certeza, muitos dos que perseguiram e derrubaram a Dilma estarão lá para atrapalhar a recuperação do nosso país e perseguir o governo do povo. Mas, seguimos firmes em nossos posicionamentos. Nós sabemos o que queremos e quem queremos para governar nosso Brasil e juntos, vamos lutar até a vitória”, concluiu.