Por Mané Catraca As eleições deste ano em Mato Grosso, ao que tudo indicam os encaminhamentos já conhecidos, salvo mudanças de última hora (os “acidentes políticos de percurso”, raros, mas que podem ocorrer) estão em clima de “céu de brigadeiro”, com um porém: a calmaria, no entanto, refere-se apenas à disputa para governador. Nesse cenário, Mauro Mendes (União Brasil), até o momento, vem navegando tranquilo, praticamente sem oposição e opositores que possam atrapalhar seu projeto de reeleição. Se algum tropeço vier ocorrer nessa trajetória de Mauro, capaz de dificultar um pouco sua caminhada, é um "racha" monumental em sua base, maior que o protagonizado por Neri Geller, e que envolva setores de centro-direita, com apoio fechado da esquerda. Difícil de ocorrer nestas alturas da competição. Ao contrário dessa situação confortável de Mendes, a briga pesada (e bota pesada nisso!), que se evidencia desde já, será a da disputa por uma vaga ao Senado. Aí, sim, quem puder mais vai chorar menos, e as articulações em busca de votos para senador terão que ser feitas com precisão cirúrgicas. Envolvendo pessoas que conhecem o "metier'. Não terá espaço para amadores de plantão! Essa inversão hierárquica, na qual pode-se dizer que a “carreta fica na frente do boi”, é inédita em eleições já ocorridas no Estado, nas quais o protagonismo principal sempre foi pelo comando do Executivo estadual, e não o contrário. Conforme acontece agora. Coisas da política!