Com poder de mobilização, ruralistas de MT, MS e Goiás lotam encontro "técnico" do agro em Brasília e fazem campanha para Bolsonaro

 Com poder de mobilização, ruralistas  de MT, MS e Goiás lotam encontro
Foto ilustração - Acrisul REDAÇÃO A pretexto de debater temas ligados à agropecuária, o encontro realizado pela CNA (Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil), nesta quarta-feira (10), em Brasília, acabou se transformando em um evento de campanha bolsonarista. Quer seja por ser realizado em pleno período eleitoral - propício, como se sabe, para que assuntos partidários sempre aflorem em quaisquer reuniões -, quer seja pelo fato que o segmento agropecuário é o setor da economia que mais reúne simpatizantes do presidente Jair Bolsonaro, candidato à reeleição, o fato é que o Encontro Nacional do Agro 2022 reuniu mais de 3,5 mil pessoas e a maioria delas, nas conversas em grupos, não escondiam ser eleitoras (es) de Bolsonaro. E muitos dos presentes até comemoravam o que eles consideram estar ocorrendo no País uma “virada” eleitoral favorável ao atual presidente da República. As caravanas mais numerosas foram as lideradas por produtores do Centro-Oeste. Proposta aos governantes Apresentado pelo diretor técnico da CNA, Bruno Lucchi, um documento com propostas traz, além de demandas específicas do agro, contribuições para temas como reformas tributária, administrativa e política; educação, formação e emprego; saúde e segurança; segurança alimentar; e meio ambiente (fontes de energia limpa e mercado de carbono). Programação Os ministros Joaquim Leite e Marcos Montes falaram sobre a relação entre produção de alimentos e preservação ambiental durante o painel “Segurança Alimentar e Meio Ambiente”, com moderação do jornalista Alexandre Garcia. No painel “Cenários econômicos e seus reflexos no agro” foram analisadas a geopolítica, pandemia, e um novo desenho de globalização pelo sócio consultor da MB-Agro, Alexandre Mendonça de Barros, e o ex-ministro da Agricultura Roberto Rodrigues, coordenador do Centro de Agronegócios da Fundação Getúlio Vargas (FGV). O cenário político e a agenda legislativa foram temas de outro debate realizado com a participação do presidente do Instituto CNA, Roberto Brant, e o chefe da Assessoria de Relações Institucionais da CNA, Nilson Leitão.