ENTREVISTA NO JN: Lula chama Bolsonaro de "bobo da corte",  promete recuperação econômica e diz que evitou "quebradeira" do agro

ENTREVISTA NO JN: Lula chama Bolsonaro de
Um dos pontos altos da sua fala foi quando ele lembrou que, em seu primiero mandato presidencial, através de injeção bilionária de recursos evitou que o agronegócio brasileiro quebrasse. Caso ocorresse a quebradeira do setor, naquela época. muito possivelmente, esse importante segmento da economia nacional, gerador de superávits fundamentais para a balança econômica do país em seu intercâmbio comercial com outras nações, não teria a importância econômica estratégica que tem hoje. REDAÇÃO O ex-presidente e novamente candidato ao Planalto, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), participou, nesta quinta-feira (25), de uma série de entrevistas com presidenciáveis no Jornal Nacional. Entre vários temas, Lula reforçou comprometimento no combate à corrupção, criticou o governo de Jair Bolsonaro (PL) e prometeu uma recuperação econômica inclusiva Lula tenta seu terceiro mandato presidencial. O líder do PT governou o Brasil entre 2003 e 2010 e foi o segundo colocado em outras três eleições, sendo figura importante em todas as eleições presidenciais diretas desde a redemocratização. O ex-presidente atualmente está à frente das pesquisas de intenção de voto, seguido do presidente Bolsonaro.  Recuperação econômica Ao ser questionado sobre como recuperar a economia brasileira, Lula afirmou que pretende garantir "credibilidade, previsibilidade e estabilidade". O ex-presidente ressaltou o papel de Geraldo Alckmin (PSB) em sua chapa presidencial nessa dinâmica para dar uma "demonstração à sociedade brasileira de que a política não tem que ter ódio".  Lula também prometeu boas relações com o agronegócio e elogiou o papel do Movimento dos Sem Terra (MST) na produção de alimentos orgânicos. Um dos pontos altos da sua fala foi quando ele lembrou que, em seu primiero mandato presidencial, através de injeção bilionária de recursos evitou que o agronegócio brasileiro quebrasse. Caso isso ocorresse (a quebradeira do setor), naquela época. muito possivelmente, esse importante segmento da economia nacional, gerador de superávits fundamentais para a balança econômica do país em seu intercâmbio comercial com outras nações, não teria a importância econômica que tem hoje. Combate à corrupção A entrevista teve diversos questionamentos sobre corrupção durante governos do PT. Os jornalistas afirmaram que, apesar de que Lula não deve mais nada à Justiça, houve casos de corrupção durante as gestões petistas, e perguntaram ao candidato o que fará para combater esse tipo de crime em um eventual governo. Em resposta, Lula afirmou que os governos petistas garantiram condições de investigação e combate à corrupção. "A corrupção só aparece quando você permite que ela seja investigada", disse Lula. "A Polícia Federal recebeu no meu governo mais liberdade do que em qualquer outro momento da história". "A Lava Jato ultrapassou o limite da investigação e entrou na política", afirmou. Lula também afirmou que a Lava Jato causou prejuízos financeiros à economia brasileira. "No Brasil se quebrou a indústria de engenharia que levamos quase um século para construir", afirmou o ex-presidente, dizendo que as investigações de corrupção não teriam preservado empresas e empregos. Em 2018, Lula foi impedido de lançar sua candidatura após ser condenado em segunda instância e preso no âmbito da operação Lava Jato. O ex-presidente foi solto em 2019, após decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que mudou o entendimento sobre a prisão em segunda instância, alterando decisão anterior da corte que possibilitou a prisão do ex-presidente. Posteriormente, em 2021, os processos contra Lula foram anulados e o ex-juiz e ex-ministro de Bolsonaro Sergio Moro foi considerado parcial nos processos da Lava Jato pelo STF. Tebet será a última entrevistada da série Nessa sexta-feira (26), a Simone Tebet (MDB) será a última entrevista da série do Jornal Nacional. Além de Lula, foram entrevistados o presidente Jair Bolsonaro (PL), na segunda-feira (22), e Ciro Gomer (PDT), na terça-feira (23). A ordem das entrevistas foi decidida por meio de sorteio. Os convidados são os mais bem colocados nas pesquisas eleitorais. Na mais recente pesquisa Datafolha, Lula liderava, com 47%, seguido de Bolsonaro, com 32%, Ciro Gomes, com 7%, e Simone Tebet, com 2%.