DESFECHO DO CRIME: Câmara cassa o mandato do vereador Paccola por quebra de decoro; ele matou agente socioeducativo com 3 tiros pelas costas

DESFECHO DO CRIME: Câmara cassa o mandato do vereador Paccola por quebra de decoro; ele matou agente socioeducativo com 3 tiros pelas costas
Redação Marcos Paccola matou a tiros, pelas costas, o agente Alexandre Miyagawa, em julho, na Capital. Por 13 votos a 5, a Câmara Municipal de Cuiabá cassou, na tarde desta quarta-feira (5), o mandato do vereador Tentente-Coronel Marcos Paccola (Republicanos). O parlamentar foi acusado de quebra de decoro parlamentar pelo assassinato do agente socioeducativo Alexandre Miyagawa, que tinha 41 anos. O crime ocorreu na noite de 1º de julho, no bairro Quilombo, na Capital.   Antes da votação, foram analisados os pareceres da Comissão de Justiça de Redação e Comissão de Ética, que orientaram pela cassação. Os documentos receberam 14 votos favoráveis, sendo submetidos ao plenário. Felipe Correia (Republicanos), Luiz Fernando (Republicanos) e Michelly Alencar (UB) se abstiveram da votação dos pareceres. Paccola fez a própria defesa, durante mais duas horas. Conforme o regimento interno da Casa de Leis, era preciso a maioria absoluta dos votos para que o mandato dele seja cassado, ou seja, 13. Paccola pediu justificativa de voto e disse ter se decepcionado com colegas que votaram pela sua cassação e os acusou de integrarem uma “organização criminosa”. “Com alguns aqui, eu não me decepcionei. Mas vereador Lilo, Sargento Vidal, vereador Rodrigo Arruda e Sá, eu me decepcionei muito. Eu não acreditava que os senhor faziam parte da maior organização criminosa que existe em Cuiabá. E eu vou provar”, disse. Antes da votação, o vereador tomou a tribuna para falar sobre o processo de cassação. A defesa do vereador se estendeu por mais de duas horas. Ele citou trechos do inquérito policial, e criticou a relatoria do processo de cassação na Comissão de Ética, feita pelo vereador Kassio Coelho (Patriotas). Emocionado, com os olhos lacrimejando, Paccola disse não ter ficado satisfeito com o episódio que culminou com a morte do agente. “Em momento algum me senti feliz ou satisfeito com o resultado, em se tratando principalmente de um colega de profissão. [...] Às vezes, ouvindo minhas falas, não tenham visto as minha lagrimas, nem as da minha família. Mas eu também tenho mãe”, disse o vereador. Veja como foi a votação na Câmara: A favor da cassação Adevair Cabral Chico 2000 Licinho Júnior, suplente do Pastor Jefferson Ricardo Saad Edna Sampaio Juca do Guaraná Kássio Coelho Lilo Pinheiro Marcos Brito Mario Nadaf Rodrigo Arruda e Sá Sargento Vidal Wilson Kero Kero Contra a cassação Demilson Nogueira Paulo Peixe, suplente de Eduardo Magalhães Renato Motta, suplente de Dilemario Alencar Sargento Joelson Tenente-Coronel Paccola Se abstiveram de votar Luiz Fernando Felipe Correa, suplente de Diego Guimarães Michelly Alencar VAGA NA AL - Marcos Paccola disputou as eleições de domingo (2), buscando uma vaga na Assembeia Legislativa. Ele obteve 8.839 votos e não se elegeu. Sua vaga será ocupada pelo suplente Felipe Corrêa (Cidadania).