NOVOS ALVOS: Bolsonaristas deixam de atacar urnas eletrônicas e focam agora em pesquisas que podem ser "criminalizadas", caso errem previsão 

NOVOS ALVOS: Bolsonaristas deixam de atacar urnas eletrônicas e focam agora em pesquisas que podem ser urnas11
Redação Sobre essa nova investida de seguidores do presidente Jair Bolsonaro, confira informações que circularam nesta quarta-feira (5), na imprensa brasileira. Diante do fato que observadores internacionais e órgãos fiscalizadores, a exemplo do TCU, destacaram  a confiabilidade e segurança do sistema eleitoral brasileiro e as urnas eletrônicas, que vinham sendo fortemente "demonizadas" por Bolsonaro e parcelas expressivas de seus seguidores, mas provaram serem eficientes e livres de fraudes, o novo "vilão" do bolsonarismo passou a ser as pesquisas de intenção de voto. Essa mudança de fcco visa construir uma nova narrativa, na hipótese do resultado das urnas se repetir no segundo turno - uma possibilidade que não pode ser descartada e colocaria Lula eleito presidente -, e assim deixaria uma eventual vitória eleitoral do petista sob suspeita de ter sido "influenciada" por pesquisas. O objetivo é óbvio:  tumultuar o processo eleitoral e democrático, para tentar anular o pleito, ou seja, dar um golpe.  Um desses exemplos é o fato que se tenta pautar projeto que criminaliza erros de institutos de pesquisa já na semana que vem. Nesse sentido, o presidente da Câmara também já sinalizou que dará andamento a pedido de abertura de Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) sobre essas empresas.  O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), afirmou à CNN nesta quarta-feira (5) que pretende pautar o projeto que criminaliza erros de institutos de pesquisas eleitorais na semana que vem, se o texto for apresentado oficialmente nos próximos dias. Campnha segue na mesma linha  Campanha de Bolsonaro vai ao TSE para que institutos prestem esclarecimentos. Equipe de Bolsonaro diz que não busca impugnar resultados, mas quer que os institutos de pesquisas eleitorais expliquem seus trabalhos após divergências com resultados das urnas  A campanha do presidente Jair Bolsonaro (PL) acionou o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para pedir que os institutos de pesquisas apresentem esclarecimentos sobre as possíveis razões para divergências de resultados superiores às margens de erro divulgadas e quais medidas estão sendo adotadas para evitar que esse cenário se repita no segundo turno e nas próximas eleições. O pedido, que também foi encaminhado à Procuradoria-Geral da República (PGR), afirma que “o cenário de desencontro das informações implica verdadeira campanha de desinformação em prejuízo da livre formação da vontade eleitoral”. A campanha de Bolsonaro diz que não busca impugnar as pesquisas, mas quer que os institutos expliquem seus trabalhos. Resultados das urnas divergem das pesquisas eleitorais em 21 estados e no DF “Embora sejam naturais as divergências entre os resultados das urnas e as indicações de pesquisas, os erros crassos que envolveram as pesquisas eleitorais, nesse pleito de 2022, são notoriamente repulsivos e merecem ser apurados com a devida profundidade e extensão”. O documento enviado ao corregedor-geral eleitoral, Benedito Gonçalves, ainda destaca que “a diferença de votos apresentada com relação a Jair Bolsonaro pode ter levado a diferentes efeitos no eleitorado: a promoção da candidatura adversária mais bem avaliada, com eleitores buscando solucionar as eleições no primeiro turno; o direcionamento de mais votos para a candidatura adversária mais bem colocada, envergonhando os eleitores de Jair Bolsonaro de expressarem publicamente suas opiniões”. Na terça-feira (4), o ministro da Justiça, Anderson Torres, encaminhou à Polícia Federal (PF) um pedido de abertura de inquérito sobre a atuação dos institutos de pesquisas eleitorais. Em publicação nas redes sociais, Torres afirma que o pedido atende à representação recebida pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública que aponta “condutas que, em tese, caracterizam a prática de crimes perpetrados” por alguns dos institutos Parlamento Já no âmbito parlamentar federal, o texto está sendo articulado pelo líder do governo na Câmara, Ricardo Barros (PP-PR), após os resultados do primeiro turno das eleições gerais e conta com apoio de aliados do presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), na Casa. O projeto ainda não foi protocolado oficialmente no sistema da Câmara, mas Barros pretende registrá-lo até esta quinta (6), informou o próprio líder à reportagem. Lira e uma parcela de aliados do governo enxergam com desconfiança os resultados das pesquisas eleitorais após os números de algumas sondagens serem diferentes com os resultados finais do primeiro turno do pleito.  Ricardo Barros disse que está elaborando o projeto com o objetivo de criminalizar erros dos institutos, com a ajuda de pareceres jurídicos. Ele também analisa como fundamentar legalmente as futuras condições de responsabilizações que constarão no texto. A ideia, explicou, é possibilitar a responsabilização de integrantes da diretoria de institutos e das empresas contratantes, além do técnico responsável pela pesquisa, como o estatístico, no caso de erros e resultados extremamente divergentes dos oficiais. Antes de apresentar o projeto, contudo, Barros também está conversando com líderes do Congresso, com o próprio Arthur Lira e outros colegas para ajustar os termos e o conteúdo do projeto. Quanto mais acertado com a maioria da Câmara antes de ir para o plenário, mais facilmente deve ser aprovado. A intenção ainda é que o texto esteja dentro de todos os parâmetros constitucionais para não correr o risco de ser questionado posteriormente no Supremo Tribunal Federal (STF), por exemplo. Lira deve dar andamento a pedidos de CPI sobre institutosLira também já sinalizou que dará andamento a pedido de abertura de Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) sobre os institutos de pesquisa, se alcançar as 171 assinaturas mínimas necessárias. Um projeto para instalar uma CPI “destinada a investigar o uso político dos institutos de pesquisas eleitorais a fim de influenciar o resultado das eleições em favor de determinados candidatos, partidos ou espectro político” é articulado por aliados do presidente Bolsonaro. Um texto que circula pela Casa é de coautoria dos deputados Carlos Jordy (PL-RJ), Eduardo Bolsonaro (PL-SP), Guilherme Derrite (PL-SP) e Paulo Eduardo Martins (PL-PR). “Acabou. Já tem muito tempo que essa farra acontece, com a notória intenção de manipular os eleitores a preço de ouro, porque alguém paga por essas pesquisas”, declarou Eduardo Bolsonaro nesta quarta no plenário da Câmara, ao citar divergências de pesquisas e resultados oficiais. “Está mais do que na hora de vermos quem paga essas pesquisas, a metodologia com que elas são feitas e colocar um freio, porque elas estão muito à vontade. Não são todos os institutos de pesquisa, mas a maioria deles errou.” Também presente à sessão, a líder da bancada do PSOL, deputada federal Sâmia Bomfim (SP), disse, em resposta a Eduardo Bolsonaro, que “as pesquisas são a urna eletrônica da vez”. “Eles sempre tentam encontrar fantasmas para justificarem a própria falência, ou a falência de projeto e de aprovação, a falência diante do resultado das urnas.” Pela proposta apoiada por Eduardo Bolsonaro, serão investigadas as pesquisas a partir do ano de 2014, de candidatos a prefeito, governador, senador e presidente da República, até as eleições de 2022 Segundo a assessoria de Carlos Jordy, a coleta de assinaturas em apoio à CPI na Câmara começou na manhã desta quarta e está com 21 apoiamentos, até o momento. No Senado, o senador Marcos do Val (Podemos-GO) também busca apoio para a instalação de uma CPI com o mesmo