“DEDURAGEM DO VAL”: Senador bolsonarista que renunciou ao mandato deixa antever que Brasil era governado por milicianos e inconsequentes

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Segundo Marcos do Val disse à revista Veja. Bolsonaro “é sem noção das consequências”. Por Mané Catraca A podridão que tem vindo à tona, com a entrevista do senador Marcos do Val (Podemos-ES) à revista “Veja”, apontando que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) lhe deu uma ordem direta em reunião para gravar o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), para viabilizar uma tentativa de golpe de Estado, tem causado indignação e estupor até entre os ditos “conservadores e homens de bem”. Questionado sobre o pedido golpista de Bolsonaro para fazer a arapongagem - segundo Do Val, o “grampo” teria o apoio técnico da Abin – o senador se limitou a dizer que o então presidente da República “é sem noção das consequências”. Conforme relata o senador, o presidente teria dito “sim, que o GSI [Gabinete de Segurança Institucional] ia me dar o equipamento para poder montar para gravar. Aí eu falei ‘mas não vai ser aceito (o plano de golpe)’. ‘Não, o GSI já tá avisado’. Quer dizer, já tinha validado a fala comigo. ‘Eles vão te equipar, botar o equipamento de escuta, de gravação e a sua missão é marcar com o Alexandre [de Moraes] e conduzir o assunto até a hora que ele falar que ele, que ele avançou, extrapolou a Constituição, alguma coisa nesse sentido'”. “Ai ele falou ‘ó, eu derrubo, eu anulo a eleição, o Lula não toma posse, eu continuo na Presidência e prendo o Alexandre de Moraes por conta da fala dele, que ele teria”, continuou, se referindo ao ex-presidente da República. Posteriormente, em entrevista coletiva, Do Val disse que Bolsonaro ficou em silêncio durante a reunião enquanto o ex-deputado Daniel Silveira (PTB-RJ) miliciano da tropa de choque bolsonarista, propôs o golpe. O surgimento do nome do miliciano Daniel Silveira (PTB), deputado federal cassado e preso recentemente, levou o ministro Gilmar Mendes, do STF, a dizer em entrevista que o Brasil estava sendo governado por “gente do porão”. Mendes, obviamente, fez alusão explícita ao submundo bolsonarista e de extrema-direita que se infiltrou, nos últimos 4 anos, no alto escalão do governo federal.