Por Mané Catraca Diante do alto valor dos diamantes, o caso está sob fortes suspeições de que seja mesmo propina dos sauditas em troca de supostas vantagens do Brasil em algum tipo de negociação. Descobrir qual o interesse está por trás disso já é assunto para a Polícia Federal, Receita Federal e Ministério Púbico Federal. Ao colunista, nesse caso, cabe levantar a questão, por se tratar de coisa pública. Considerando esses aspectos, são inevitáveis investigações aprofundadas dos órgãos competentes para apurar os possíveis crimes cometidos e que levaram a ditadura saudita a agraciar o ex-presidente da República brasileira e sua esposa com um conjunto de peças tão valiosas. Não se trata, obviamente, de um simples brinde, uma lembrança protocolar, mas de uma fortuna razoável dada a pretexto de um gesto de simpatia aos então governantes brasileiros. O fato exige esclarecimentos concretos e não desculpas evasivas, até em nome da reputação de Bolsonaro e Michelle que estão colocadas em xeque. Em função do alto valor envolvido,  as peças em diamantes deveriam ser enviadas ao Estado, e não às pessoas físicas do presidente e sua mulher. Em sua defesa, Bolsonaro diz que não pediu os presentes. Então, por que se empenhou tanto junto à Receita Federal para ter a posse dos mesmos, apos o órgão federal de fiscalização haver apreendido as joias quando estas passavam irregularmente pela alfândega na mochila de um servidor de baixo escalão? Até em razão da necessidade de responder a esses questionamentos que já devem estar na cabeça das pessoas que possuem bem mais do que dois neurônios: Caso não se tratasse do Presidente da República e da Primeira-Dama, o casal teria sido presenteado com tantas joias caríssimas? Fica a pergunta?