Por Mané Catraca Na chamada bolha bolsonarista, em que ainda vivem milhões de brasileiros, infelizmente, os maiores absurdos e escândalos ganham foro de normalidade e não são vistos como abusos. E nem corrupção, por mais escancarada que esteja. É o fanatismo ideológico de extrema-direita, fascista e o endeusamento exacerbado do líder deles que levam a argumentos insanos, como o referente à destinação de uma maleta com uma fortuna de joias cravejadas de diamantes avaliada em R$ 16,5 milhões, endereçada ao presidente da República e a esposa dele. Assunto discutido nas redes bolsonaristas como se fosse uma "merreca" qualquer, não merecedora de críticas sobre o destino correto a ser dado aos diamantes - se ficariam como propriedade do casal ou seriam destinados ao acervo da nação. Em que pese o elevado valor das peças, os fiéis seguidores proclamam - santa ingenuidade! - que trata-se de um presente de amigos do casal na Arábia Saudita, e não de um esquema suspeito de propina e lavagem de dinheiro?! Como seria lógico supor.  A troca de presentes entre chefes de Estado é comum no mundo diplomático, porém, os mimos são de valores bem abaixo do contido na maleta (aliás, duas, a segunda, com valor de R$ 400 mil dólares, assim mesmo bastante alto, considerando ser uma cortesia protocolar). Talvez, em função dessa cegueira coletiva, é que seguidores de Bolsonaro são tratados como ”gado”, e assim são tangidos feito rebanho nas redes sociais. Seria um problema lá deles, questão de escolha entre ser gado ou não, se não fosse o fato que com essa falta de raciocínio prático tenham endossado as muitas barbáries cometidas pelo mito deles, quando no exercício da Presidência da República. Entre as quais se destaca o negacionismo da ciência, insuflando muitas pessoas a desacreditar na eficácia de vacinas, por exemplo, para combater a Covid! O resultado é que pelo menos cerca de 300 a 400 milhares de vidas de brasileiros teriam sido poupadas, caso se vacinassem em tempo hábil!  Muitas das quais sucumbiram com a mentira que se tratava de uma "gripezinha", um resfriado banal, e não um vírus letal e altamente contagiante.