RedaçãoO fato político mais evidente no limiar deste 2018 é a insistência do deputado federal Nelson Leitão, um dos caciques do PSDB mato-grossense, com o seu projeto de candidatura ao Senado – o que  pode atrapalhar as articulações do governador Pedro Taques em ampliar – e até mesmo manter – o arco de alianças em torno da sua reeleicão, em outubro deste ano.Isto porque, ficará menos espaços, obviamente, na chapa majoritária para compor vagas com aliados. Para o Senado, no caso, são duas que se abrem e, logicamente, como manda o receituário da boa política de alianças, Taques pretende que elas sejam preenchidas por aliados, com vistas a aumentar o seu cacife eleitoral. Até porque, o PSDB já estaria ontemplado na chapa com o principal cargo: o de governador, na hipótese – aliás, quase certa – de Pedro Taques disputar a reeleição.Caso Leitão não recue da candidatura a senador, pode apostar que o ambiente de convivência entre o governador e o deputado federal tucano irá “azedar” mais do que já “azedou” em 2017. Ao ponto que ambos chegaram a trocar palavras duras quando Nilson informou o governador, há meses, sobre sua decisão de concorrer a uma das vagas à senatória. Em função desse contencioso partidário, Pedro Taques chegou a insinuar que poderia levantar voo do ninho tucano, migrando para outra legenda.  Porém, em que pese as rusgas, o governador continua no partido e inclusive hoje faz parte da executiva nacional. Ou seja, foi prestigiado pela alta direção da legenda.Muito embora esforços para que os dois se entendam já estão mobilizando nomes da cúpula brasileira tucana, a exemplo dos governadores Geraldo Alckmin e Marconi Perillo, de Goias, presidente e vice-presidente da Executiva nacional do PSDB, respectivamente.O deputado estadual licenciado Wlson Santos, secretário de Cidades do staff de Pedro Taques, acredita que o entendimento entre o governador e o deputado federal esteja próximno de ocorrrer, pacificando em Mato Grosso o partido. A crença de Santos se baseia nos esforços de apaziguamento que estão sendo feitos por lideranças nacionais, além daqueles membros do PSDB local, mais sensatos, e que tambem trabalham pela união da sigla.