BAGUNÇA URBANA: Falta de calçadas em Cuiabá expõe os pedestres a riscos de atropelamento e contribui para aumentar o caos no trânsito

BAGUNÇA URBANA: Falta de calçadas em Cuiabá expõe os pedestres a riscos de atropelamento e contribui para aumentar o caos no trânsito calçadas
RedaçãoO problema é antigo e vem se agravando a cada ano sem que o poder público municipál tome medidas eficazes para conter a mazela ou providências para corrigir as inúmeras irregularidades nos calçamentos laterais às ruas  e avenidas.As calçadass, como se sabe, são destinadas ao direito de ir e vir dos pedestres com um mínimo de segurança. No caso da Capital, os transeuntes se vêem obrigados a se esgueirar pelas faixas onde circulam veículos – expondo as pessoas a riscos de atropelamento, além de contribuir para aumentar o caos no já conturbado trânsito de Cuiabá.   A falta de planejamento do espaço urbano de Cuiabá reflete diariamente na vida do cidadão que precisa conviver com vias interditadas, ausência de trechos para pedestres, calçadas irregulares, falta de sinalização. A situação é tão grave que nos últimos oito meses as Promotorias de Justiça da área da Cidadania da Capital emitiram dez notificações recomendatórias a órgãos públicos e entidades da Capital.Este mês, a falta de acessibilidade nas calçadas localizadas na Avenida do CPA, no trecho onde estão as obras inacabadas do Veículo Leve sobre Trilho (VLT), chamou a atenção do Ministério Público que notificou o prefeito Emanuel Pinheiro para que no prazo de 60 dias úteis tome providências para adequar o local, que está praticamente intransitável para os pedestres.De acordo com o MPE, o prefeito de Cuiabá deverá adotar providências e notificar os proprietários locais para que sejam feitas adequações nas vias, observando as normas de acessibilidade, sanando todas as irregularidades apontadas no relatório técnico do Centro de Apoio Operacional do Ministério Público (CAOP/MPMT).O MPE sugere ainda que a intervenção contemple os passeios como um todo e hierarquize os espaços, de maneira a tornar o trânsito de pedestres seguro e contínuo, livre da interferência de veículos, salvo exceções que, quando necessárias, deverão estar adequadamente sinalizadas. Solicita que os estabelecimentos mantenham suas calçadas com pavimentação em bom estado, limpas e com rebaixamento de meio-fio e sinalização tátil e adequadas, conforme leis específicas.Na recomendação consta também a necessidade de reurbanização na área do viaduto, através de projeto adequado. O MPE alerta que a ausência de resposta será interpretada como recusa de atendimento à medida, o que será determinante para a propositura de ação judicial cabível.