Curso de Geologia da UFMT tem nota 5 em avaliação do MEC
|
29/04/2025 - 05:00
O curso de Geologia da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) que completa 50 anos em 2025 conseguiu a nota 5 na visita da comissão do Ministério da Educação responsável por avaliar a qualidade dos cursos superiores no Brasil. O curso que completa em 2025, os seus 50 anos atua colaborando com o progresso econômico e ambiental de Mato Grosso em diferentes áreas nos períodos matutino e vespertino em uma carga horária de 3776 horas estabelecidas no Projeto Pedagógico do Curso (PPC).
De acordo com a professora Debora Faria, coordenadora do Curso, a carga horária contempla as atividades teóricas, práticas em laboratório, práticas de campo (com 768 horas), atividades complementares (48 horas), disciplinas optativas (256 horas) e o estágio supervisionado obrigatório (128 horas). “O Curso de Geologia no ano de 2025, completará seus orgulhosos 50 anos, acredito que essa nota é reflexo de toda essa trajetória, marcada por algumas mudanças, mas sem dúvidas o momento de maior destaque para o desenvolvimento do curso surge com criação da Faculdade de Geociências (FAGEO)”, destaca a docente.
Egressa do curso, a professora destaca que o curso tem o intuito de atender a necessidade de formação de profissionais qualificados nas áreas de mineração, meio ambiente, recursos hídricos e ambientais, geotecnia, além das recentes necessidades de inovações geotecnológicas. “A geologia mudou minha vida de muitas formas e espero que ela continue transformando vidas, hoje fazer parte do quadro de docentes e ser coordenadora vai além do termo de compromisso assinado, tem um cuidado, um carinho a mais”, pontua.
A preparação para a avaliação começou em 2021, na coordenação da professora Kamilla Borges, pelo corpo docente qualificado em contato com empresas, temos egressos em vários Estados e Países o que acaba sendo uma intermediação. “Os discentes do Curso de Geologia são muito participativos e tentamos sempre buscar o diálogo e manter essa interação respeitosa, temos muitas atividades práticas e de campo, cada qual com sua particularidade”, ressalta a professora, acrescentando que o curso está em constante transformação tal qual o ciclo das rochas.
Avaliação amplia horizontes do curso
No processo de avaliação, a professora Debora Faria enfatiza a importância do trabalho coletivo reforçada pelas considerações da Comissão de Avaliação em seu relato. Está em curso também a reformulação do Plano Pedagógico do Curso para manter o trabalho de excelência. “ É esse profissional cada vez mais qualificado para o mercado de trabalho que idealizamos. A avaliação nos chamou atenção para dois pontos que não tínhamos discutidos ainda e vai de encontro com apontamentos já iniciados pela UFMT, o problema nacional da evasão do ensino superior como um todo, mas é hora de apresentar qual o papel da Geologia e o que podemos tentar melhorar nesse aspecto, sem dúvidas é algo que precisa ser discutido”, analisa a docente.
Para a professora é preciso avançar com melhorias para o desenvolvimento do curso. “Estamos sempre em busca de melhoria para desenvolvimento do curso, e atual gestão da Universidade mostrou-se muito aberta a essa discussão e tem intensificado uma reformulação que possa viabilizar melhoria nas condições das aulas de campo para o discentes”, pontua a professora ressaltando a alegria pelo reconhecimento do curso como processo contínuo de qualificação.
A coordenadora acrescenta que há um horizonte de atividades que marcam a importância da Geologia para a sociedade. “Sabemos que a Geologia é um curso caro, mas devemos pensar na importância que a profissão tem para sociedade, costumo dizer que iniciamos o nosso dia com a atividade de um geólogo, quando escovamos nossos dentes já que possui cálcio em sua composição, por sua vez é retirado do calcário, esse é um pequeno exemplo, muitos outros objetos e materiais do nosso cotidiano são provenientes de processos geológicos (construção civil, fabricação de eletrônicos, medicamentos, entre outros)” finaliza.