‘Não há perigo’, diz vice-governador após caso de gripe aviária em MT
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12/06/2025 - 15:23
A confirmação de um caso de gripe aviária H5N1 em aves domésticas de subsistência em Campinápolis (510 km de Cuiabá) levou o governador em exercício, Otaviano Pivetta (Republicanos), a decretar estado de emergência zoossanitária na terça-feira (10/6), assegurando, na quarta-feira (11), que o estado está “atento e vigilante”. Ele destacou a transparência e a agilidade das medidas tomadas pelo Instituto de Defesa Agropecuária (Indea) para conter a doença, garantindo a segurança do setor avícola e da população.
Pivetta minimizou riscos e reforçou o controle da situação. “Sempre dá um susto. […] Mas é um caso isolado, e estamos atentos, vigilantes, com o nosso pessoal fazendo o que tem que ser feito”, afirmou. Ele justificou o decreto como precaução. “São medidas necessárias para mostrar a transparência e mostrar que o Estado está agindo rapidamente, para não deixar dúvida e não criar nenhuma restrição para o mercado de Mato Grosso”, declarou. As ações, incluindo abate de animais e vigilância em um raio de 10 km, começaram no domingo (8), logo após a identificação do caso.
O governador destacou a robustez do sistema de sanidade animal de Mato Grosso. “Não tem perigo nenhum. O Indea tem dado respostas exemplares nas ações de sanidade animal. Nós recebemos há cerca de 15 dias a certificação da Comunidade Europeia”, afirmou. Ele também mencionou o status do Brasil como zona livre de febre aftosa sem vacinação. “Isso mostra o nível de controle e competência do Brasil no cuidado com a sanidade animal”, completou. O decreto autoriza compras emergenciais e outras medidas para evitar a disseminação da doença.
O caso, confirmado pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) no sábado (7), não impõe novas restrições às exportações avícolas brasileiras, já impactadas por embargos de países como China e União Europeia após um foco em uma granja comercial no Rio Grande do Sul, em maio.
O Mapa esclareceu que não há aviários comerciais no raio de 10 km do foco em Campinápolis e que o consumo de produtos avícolas é seguro. As medidas de erradicação seguem em curso, sem alterar o “vazio sanitário” de 28 dias iniciado no Sul, previsto para encerrar em 19 de junho, caso não haja novos casos.