O ex-governador de Mato Grosso Carlos Bezerra, que também foi deputado, senador, prefeito e presidente nacional do MDB, relembrou pontos marcantes da sua trajetória política em entrevista concedida ao apresentador Wilson Santos, no Programa Wilson Santos na Entrevista da Semana nesta quarta-feira(06).
Aos 84 anos, Bezerra falou sobre sua gestão no comando do Estado, entre 1987 e 1990, e defendeu bandeiras como a reforma agrária e o fortalecimento do serviço público.
TRAJETÓRIA
Logo no início, Bezerra contou que assumiu o governo em meio ao caos deixado pela divisão de Mato Grosso, com a criação do Estado vizinho, Mato Grosso do Sul. Segundo ele, grande parte da estrutura administrativa, servidores e equipamentos ficaram no sul. “Assumi com o Estado desorganizado. Tive que reconstruir tudo praticamente do zero”, afirmou.
Entre as ações de sua gestão, citou a construção de escolas, hospitais e delegacias, além do reforço na segurança pública. “Não tinha cela, não tinha arma, não tinha viatura. “Fizemos o possível para estruturar a polícia. O Hospital Regional de Rondonópolis, por exemplo, foi entregue no meu governo”, destacou.
ZONA RURAL
Ao falar da zona rural, Bezerra voltou a defender uma pauta histórica sua: a reforma agrária. “O assentado quer produzir, não quer violência. A reforma agrária é justiça, não guerra”, disse, em tom firme.
SEM DÍVIDAS
Ele também fez questão de lembrar que deixou o governo sem dívidas. “Fui chamado de pão-duro, mas entreguei o Estado com dinheiro em caixa e obras feitas. Isso me dá orgulho.”
MEMÓRIAS
A entrevista ainda percorreu memórias da infância humilde, o começo no rádio, a entrada no MDB, e a sequência de cargos que ocupou nas últimas décadas. “Minha vida foi construída acreditando no poder do Estado de melhorar a vida das pessoas”, resumiu.
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