O vice-governador de Mato Grosso, Otaviano Pivetta (Republicanos), criticou duramente o pacote de medidas anunciado pelo governo federal para auxiliar as empresas afetadas pelas tarifas dos Estados Unidos. Ele classificou as ações como insuficientes e paliativas, comparando-as a um tratamento superficial para um problema grave.

O pacote, que prevê uma linha de crédito de R$ 30 bilhões para empresas exportadoras, foi visto com ceticismo por Pivetta. "É um curativo, é um curativo no ferimento", afirmou, ressaltando que um curativo precisa ser trocado com frequência e não resolve o problema de forma definitiva.

Ele também mencionou a estimativa de que Mato Grosso deva receber cerca de R$ 5 bilhões, valor que considerou uma "esmola" diante da dimensão da crise.

Em resposta à crise, que já causa demissões no setor madeireiro do estado, ele informou que o governo de Mato Grosso está estudando medidas para ajudar as empresas. "Estamos estudando, entendendo qual a dimensão do problema e logo o governador vai anunciar alguma medida ou não", declarou, sem dar mais detalhes.

A fala de Pivetta se alinha a de Mauro Mendes, que, na véspera, havia comparado o pacote a "tomar dipirona para um câncer", reforçando a insatisfação do governo estadual com a resposta federal à crise.

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A Medida Provisória prevê a criação de uma linha de crédito de R$ 30 bilhões para empresas que perderam competitividade no mercado externo. O governo federal planeja adiar por até dois meses o pagamento de tributos e contribuições federais, uma medida similar à adotada durante a pandemia de Covid-19.

O plano inclui a prioridade na compra de produtos perecíveis, como peixes e frutas, que estão encalhados desde o anúncio da sobretaxa. O governo coordena um comitê para negociar com os EUA, e também estuda a possibilidade de aplicar medidas de reciprocidade contra produtos americanos.

(COM UNICA NEWS)