A Polícia Civil de Mato Grosso indiciou 11 pessoas envolvidas no esquema que desviou R$ 21 milhões do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT) revelados no dia 30 de julho na Operação Sepulcro.
Os 11 indiciados vão resporter pelos crimes de integração de organização criminosa, estelionato, falsidade ideológica, entre outros crimes.
Foram indiciados João Gustavo Ricci Volpato, Augusto Frederico Ricci Volpato, a mãe deles Luiza Rios Volpato; Wagner Vasconcelos de Moraes (advogado); Melissa França Praeiro Vasconcelos de Moraes (advogada); Themis Lessa da Silva (advogado); Régis Poderoso de Souza (advogado); Rodrigo Moreira Marinho (advogado); João Miguel da Costa Neto (advogado); Denise Alonso (advogada); Justiça Mauro Ferreira Filho (servidor do TJMT).
O indiciamento foi feito pelo delegado Pablo Carneiro, da Delegacia Especializada de Estelionato de Cuiabá. “O presente constitui o relatório conclusivo da investigação, no qual se evidenciam robustos indícios de autoria e materialidade delitiva quanto aos fatos apurados e às pessoas indiciadas. Assim, considerando-se esgotadas as diligências de polícia judiciária nesta etapa, determino a remessa dos autos do presente Inquérito Policial ao Poder Judiciário e ao Ministério Público, para formação da opinio delicti e regular prosseguimento da persecução penal”, destaca o delegado.
COMO O ESQUEMA ERA REALIZADO
Conforme as investigações, empresários, advogados e servidores do TJMT são acusados de ajuizar ações de execução com procurações, assinaturas e documentos falsos.
Os advogados atuavam como representantes de empresários ou as empresas, ora das vítimas sem que essas soubessem, pois não haviam contratado os juristas envolvidos nas fraudes.
Eles também simulavam a quitação da dívida via depósito judicial, com pagamentos falsificados.
Já os servidores do TJ envolvidos no esquema criavam planilhas falsas simulando os depósitos na Conta Única da Corte estadual, permitindo assim a obtenção fraudulenta de alvarás judiciais.
O inquérito segue para o ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ) Ricardo Villas Bôas Cueva.(COM TJMT)
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