Mato Grosso alcançou o topo do ranking nacional de ocupação no segundo trimestre de 2025. De acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNADC), divulgada pelo IBGE, o estado registrou taxa de ocupação de 67,8% entre abril e junho, superando Santa Catarina (66,1%) e Goiás (64,3%).

O percentual representa crescimento de 0,8 ponto percentual em relação ao trimestre anterior e leve avanço frente ao mesmo período de 2024, quando era de 67,7%. Para o presidente da Fecomércio-MT, José Wenceslau de Souza Júnior, os números mostram dinamismo na economia estadual.

“O cenário geral demonstra sinais de aquecimento no mercado de trabalho em Mato Grosso, seja no formal ou no informal. Isso representa uma tendência de crescimento na renda e no consumo dos mato-grossenses”, avaliou Wenceslau Júnior.

Empregos formais e informais

No setor privado com carteira assinada, 849 mil pessoas estavam empregadas no período analisado, alta de 0,71% em comparação às 843 mil registradas em 2024. Já entre os trabalhadores sem carteira assinada, foram 234 mil empregados, número 6,84% superior ao do ano passado (218 mil).

Segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), Mato Grosso gerou mais de 360 mil vagas formais no primeiro semestre de 2025, crescimento de 1,9% frente ao mesmo período de 2024. Apesar disso, houve também aumento nos desligamentos: foram 318 mil neste ano contra 311 mil em 2024, alta de 2,19%.

“Apesar do saldo positivo, o aumento de desligamentos aponta para maior rotatividade no mercado de trabalho nesse período”, observou o presidente da Fecomércio-MT.

Setores que mais contrataram

Os serviços lideraram a geração de empregos, com 118 mil admissões e saldo de 15 mil vagas. O comércio também apresentou resultado positivo, com 93 mil contratações contra 89 mil desligamentos (saldo de 4 mil). A construção civil abriu 9 mil vagas, a agropecuária, 8 mil, e a indústria, 4 mil.

Taxa de desocupação

A taxa de desocupação no estado ficou em 2,8% no segundo trimestre de 2025, redução em relação aos 3,3% de 2024 e também ao índice de 3,5% do trimestre anterior. Com o resultado, Mato Grosso aparece na terceira colocação nacional, atrás apenas de Santa Catarina (2,2%) e Rondônia (2,3%).