ALMT sugere home office para servidores em meio ao colapso no trânsito de Cuiabá

ALMT sugere home office para servidores em meio ao colapso no trânsito de Cuiabá

A Assembleia Legislativa de Mato Grosso discutiu nesta quarta-feira (3) a possibilidade de flexibilizar o expediente dos servidores estaduais, com adoção de home office ou horários alternativos, como forma de reduzir o impacto do trânsito em Cuiabá. A indicação foi apresentada pelo deputado Diego Guimarães (Republicanos), que relacionou os engarrafamentos à circulação diária de milhares de funcionários públicos nos horários de pico.

Guimarães lembrou que o modelo remoto já foi adotado durante a pandemia sem prejuízos à administração e defendeu que a medida pode ser aplicada temporariamente. “Hoje a tecnologia nos possibilita isso. É possível que aconteça, pelo menos nesse período mais crítico das obras. Ninguém anda, vai ou volta na Miguel Sutil ou na Avenida do CPA”, afirmou.

Uma cidade tomada por obras

O debate ocorre em meio a um cenário de caos urbano. Cuiabá está com várias frentes de intervenção abertas ao mesmo tempo, que transformaram a rotina da população. Na Avenida Historiador Rubens de Mendonça, as obras do BRT complicam a ligação do Centro Político Administrativo com o CPA. O Complexo Viário do Jardim Leblon impôs bloqueios constantes na Miguel Sutil.

A situação piora com a manutenção feita pela Águas Cuiabá na Avenida Mato Grosso, outro ponto vital da cidade. Para completar, a ponte sobre o Córrego Moinho, no Jardim Imperial, foi interditada por risco estrutural, prejudicando a ligação com o Planalto e forçando motoristas a buscar rotas já saturadas.

O resultado é um trânsito em colapso, com trajetos que antes levavam minutos e agora consomem mais de uma hora. Para o deputado, essa perda de tempo diário poderia ser minimizada se o Estado reorganizar o expediente de parte de seus servidores.

Próximos passos

A indicação será encaminhada ao governo estadual, que deverá avaliar a viabilidade da proposta. Enquanto isso, a sensação dos motoristas é de que Cuiabá virou um canteiro de obras a céu aberto, sem planejamento adequado para garantir a mobilidade de quem depende das principais avenidas.