Abílio diz que fusões são necessárias para equilibrar contas e cita precatórios como principal peso

Abílio diz que fusões são necessárias para equilibrar contas e cita precatórios como principal peso

O prefeito de Cuiabá, Abílio Brunini (PL), voltou a defender as fusões de secretarias como estratégia para reduzir gastos e enfrentar dívidas que não estavam previstas no orçamento. Em entrevista coletiva nesta quinta-feira, 4 de setembro, ele afirmou que a Prefeitura tem sido obrigada a se adaptar a “surpresas” determinadas por decisões judiciais e pendências de administrações anteriores.

Segundo Abílio, o maior impacto vem dos precatórios. O Tribunal de Justiça determinou que o município pague um quinto da dívida por ano, o que representa aproximadamente 160 milhões de reais. “Não estava na previsão orçamentária e cada mês o Judiciário define qual valor será pago. Temos desembolsado em média 40 milhões de reais mensais e isso exige cortes em diferentes áreas”, disse.

O transporte público é outro ponto que pressiona as contas. O prefeito afirmou que as despesas anuais chegam a quase 200 milhões de reais e que foi preciso firmar um acordo no Tribunal de Contas para quitar mais 35 milhões de dívidas antigas e evitar paralisação das empresas.

Abílio reconheceu que a gestão criou cargos no início do mandato, mas negou erro administrativo ao adotar depois medidas de contenção. Para ele, a diferença está no cenário econômico. “Quando assumimos não havia obrigação de arcar com dívidas dessa dimensão. A cada semestre surgem novas decisões e precisamos reorganizar a máquina”, afirmou.

O prefeito disse ainda que gostaria de executar a Lei Orçamentária Anual na íntegra, mas considera impossível diante das dívidas herdadas. “Quem me dera poder cumprir a LOA como está. Infelizmente tenho que adaptar o orçamento a cada mês”, concluiu.