Em sua conta no Instagram o delegado Christian Cabral, titular da Delegacia de Delitos de Trânsito se mostrou indignado com a aprovação da PEC (Proposta de Emenda à Constituição) da Blindagem, que impede que parlamentares passem por investigações criminais e cíveis sem ter a aprovação da Câmara Federal.
O delegado pede que as pessoas se posicionem. "O que me preocupa é o grito dos maus, mas o silêncio dos bons". Ele classificou como mau-caratismo sem precedentes na Câmara Federal. "Ela é um convite para o crime organizado buscar a todo custo um acento nesses parlamentos. No dia que isso acontecer estejam certos que com a mesma velocidade que aprovaram a PEC da bandidagem, mudanças no nosso ordenamento juridico serão aprovadas criando entraves e dificuldades ao judiciário, Ministério Público e das polícias de nosso país", completa.
Colocou sua indignação porque o texto foi aprovado quando acontecia o velório do delegado aposentado de São Paulo, Rui Ferrais Fontes, morto a tiros por faccionados do Primeiro Comando da Capital, na cidade de Praia Grande.
“Foi uma insensibilidade e um mau-caratismo sem precedentes na história da Câmara Federal. Essa PEC não é apenas um convite à prática de toda sorte de crimes pelos membros dos parlamentos estaduais e federais do Brasil. Ela é um convite, e isso é o mais grave — para o crime organizado buscar, a todo custo, um assento nesses parlamentos”, disse.
Em outro trecho ele lembra que é mais que prerrogativas de parlamentares, mas segurança do país.
“Preste atenção: essa PEC não diz respeito a prerrogativas de parlamentares. Ela diz respeito ao futuro, à nossa segurança, à nossa liberdade e até à nossa vida”, disse.
A PEC agora tem que passar pelo Senado.
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