A Polícia Federal deflagrou nesta quarta-feira (9) a Operação Lençol de Areia, que apura crimes de exploração sexual e usurpação de bens da União em áreas de garimpo ilegal na Terra Indígena Sararé, localizada em Mato Grosso. A ação teve como alvo uma mulher apontada como dona de um cabaré instalado na região, suspeita de oferecer programas sexuais em troca de ouro extraído ilegalmente.
De acordo com as investigações, a mulher anunciava os serviços nas redes sociais e aceitava o pagamento em ouro oriundo do garimpo do Cururu, área que integra a terra indígena. O esquema funcionava de forma contínua, atraindo garimpeiros e intermediadores que atuavam na extração e comercialização do minério.
A operação cumpriu mandados de busca e apreensão expedidos pela 2ª Vara Federal Cível e Criminal de Cáceres. Foram recolhidos celulares, documentos e objetos que podem comprovar a troca de ouro por serviços sexuais. A PF também investiga a participação de terceiros no esquema, incluindo possíveis financiadores e responsáveis pelo transporte do minério.
A suspeita deve responder pelos crimes de exploração sexual, usurpação de bens da União e lavagem de dinheiro. Segundo a Polícia Federal, as investigações continuam para identificar outros envolvidos e mapear a origem do ouro utilizado nas transações.
A Terra Indígena Sararé é uma das áreas mais visadas por garimpeiros ilegais em Mato Grosso. Em operações anteriores, as forças de segurança já haviam identificado a presença de grupos criminosos explorando a extração irregular de ouro e promovendo atividades clandestinas dentro do território.
O nome da investigada não foi divulgado. O caso segue sob sigilo judicial.
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