A prefeita de Várzea Grande, Flávia Moretti (PL), foi colocada em uma saia justa ao ser questionada sobre quem apoiará na disputa pelo Governo de Mato Grosso em 2026. A dúvida gira em torno de dois nomes fortes: o vice-governador Otaviano Pivetta (Republicanos) e o senador Wellington Fagundes (PL), pré-candidato do partido ao Palácio Paiaguás.
Durante um evento nesta quarta-feira (15), em que Pivetta entregava maquinários ao município, Flávia elogiou o vice-governador e reconheceu o apoio que tem recebido dele na administração de Várzea Grande. Mesmo assim, evitou declarar preferência e afirmou que seguirá a decisão partidária.
“Olha, não vou mentir, o vice-governador Pivetta está dando muito apoio a mim aqui na prefeitura. Sou muito grata a ele. Gostaria muito de apoiá-lo, mas eu sou partidária e sou PL. Claro que a gente torce para que o PL, junto com o Mauro Mendes e o Pivetta, se unam todos e façamos uma grande chapa”, afirmou a prefeita.
Flávia defendeu que o PL e o grupo de Mauro Mendes busquem um consenso para as eleições de 2026, ressaltando que a palavra final caberá à direção estadual e nacional da legenda. “Sou soldada do partido. A decisão é dos presidentes estaduais e do presidente nacional. Política é assim: ainda muita água vai rolar debaixo dessa ponte, e, se Deus quiser, uma ponte de concreto, porque vai ficar firme”, disse, em tom bem-humorado.
A prefeita também destacou o respeito que tem pelo senador Wellington Fagundes e reconheceu sua trajetória política. “O Wellington é um pré-candidato também ao governo, tem uma história no Senado e na política nacional. Eu sou partidária, então quem vai decidir meu apoio é o PL”, completou.
O PL de Mato Grosso vive um momento de divisão interna. Parte das lideranças defende a candidatura própria de Fagundes, enquanto outro grupo se aproxima de Pivetta e de aliados do governador Mauro Mendes (União). A decisão final sobre o rumo do partido caberá ao presidente nacional, Valdemar Costa Neto.
Com discurso conciliador, Flávia tenta manter a harmonia política local e evitar atritos com os dois grupos que hoje disputam espaço na direita mato-grossense.
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