Cooperados da Unimed Cuiabá pressionam por Assembleia e pedem afastamento da diretoria de Carlos Bouret

Cooperados da Unimed Cuiabá pressionam por Assembleia e pedem afastamento da diretoria de Carlos Bouret ASSESSORIA

A crise interna na Unimed Cuiabá ganhou força nesta semana após médicos cooperados protocolarem um pedido para que a diretoria convoque uma Assembleia Geral Extraordinária. O documento, assinado por cerca de 350 profissionais, pede o afastamento imediato do presidente Carlos Eduardo Almeida Bouret e dos demais membros da diretoria executiva.

Entre os sete pontos que os cooperados querem discutir, estão a realização de uma nova auditoria nas contas de 2022 e a anulação do balanço financeiro aprovado naquele ano. O demonstrativo contábil apontou um rombo de aproximadamente R$ 400 milhões, que teria origem na gestão anterior, comandada por Rubens Carlos de Oliveira Júnior.

Rubens e outros ex-dirigentes chegaram a ser presos em outubro de 2024 na Operação Bilanz, deflagrada pela Polícia Federal. Eles foram acusados de falsidade ideológica, estelionato, lavagem de dinheiro e organização criminosa. Todos negam as acusações e afirmam que a atual diretoria manipulou informações contábeis para prejudicar o grupo anterior e justificar medidas administrativas que impactaram financeiramente os cooperados.

Nas redes sociais, Rubens Júnior publicou um vídeo em que se diz confiante na retomada da transparência e defende a união dos médicos. “A verdade será conhecida. A Unimed precisa reencontrar seu caminho”, afirmou.

Além do questionamento sobre as contas, os cooperados cobram que a assembleia seja gravada integralmente, para garantir a integridade da ata e evitar distorções nas deliberações. O grupo também indica que poderá recorrer à Justiça caso o pedido de convocação não seja atendido pela diretoria.

O Página Única procurou a assessoria de imprensa da Unimed Cuiabá para obter posicionamento oficial sobre o pedido de assembleia e as críticas à atual gestão, mas não obteve nenhuma resposta.