Kayo Magalhães / Câmara dos Deputados
Durante sessão da CPMI que investiga fraudes no INSS, o deputado federal José Medeiros (PL) criticou a postura de parlamentares de esquerda, acusando-os de formar uma “força-tarefa não em busca da verdade, mas de encobrir responsabilidades” no escândalo.
Segundo Medeiros, quando são apresentados requerimentos para investigar pessoas ligadas ao caso — como o Frei Chico, irmão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva —, os mesmos deputados “votam contra e ainda comemoram como se fosse final de Copa do Mundo”.
“Não há vontade de buscar os responsáveis. Há vontade de se livrar do problema”, afirmou o parlamentar.
Medeiros também criticou a tentativa de vincular o ex-presidente Jair Bolsonaro às irregularidades, afirmando que o objetivo é desviar o foco da responsabilidade de setores ligados ao PT e ao movimento sindical.
“Querem jogar a culpa no Bolsonaro porque, assim como sempre defenderam bandidos sob o pretexto dos direitos humanos, agora querem se esquivar de mais um escândalo. Mas nesse caso é indefensável, porque o PT nasce junto com o sistema sindical. Nesse embróglio estão metidos todos os grandes players do sindicalismo nacional, que são tentáculos do PT”, disse.
O deputado ainda rechaçou a lógica das acusações contra Bolsonaro, lembrando que o próprio ex-presidente denunciou irregularidades no seguro-defeso em 2019.
“Bolsonaro disse em abril de 2019 que as fraudes no seguro-defeso poderiam atingir 65% dos benefícios e criou um grupo de trabalho para combater um rombo de cerca de R$ 2 bilhões por ano. Por que alguém envolvido em fraude iria combater algo que o beneficiava? E por que Bolsonaro iria querer roubar para sindicatos ligados ao PT? Essa é a pergunta que fica”, concluiu Medeiros.
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