A confirmação do senador Flávio Bolsonaro como pré-candidato à Presidência, feita pelo ex-presidente Jair Bolsonaro no fim de semana, reorganizou o ambiente político e provocou reações imediatas em Mato Grosso. A definição acelerou discussões que vinham sendo tratadas com cautela e abriu interpretações diferentes entre lideranças do estado.

O presidente da Assembleia Legislativa, Max Russi, avaliou que a escolha fortalece a posição do PL no cenário nacional. Segundo ele, embora parte do partido esperasse outro nome, Flávio tem estrutura para conduzir a pré-campanha.
“É um nome forte dentro do PL e deve vir com apoio sólido”, afirmou.

Júlio Campos fez uma leitura mais prudente. O deputado reconhece equilíbrio no perfil de Flávio, mas considera que a decisão surpreendeu lideranças que esperavam uma alternativa com maior alcance nacional. Para ele, o anúncio altera o ritmo das conversas entre siglas que buscavam formar uma frente competitiva. Júlio também avalia que a indicação pode servir como etapa de negociação dentro do grupo bolsonarista.

Na oposição, Lúdio Cabral criticou o movimento e apontou impacto direto nas votações em andamento no Congresso. Segundo o deputado, a pré-candidatura funciona como instrumento de pressão sobre partidos que ocupam posição estratégica em pautas de interesse do bolsonarismo.

O anúncio antecipa debates e influencia projeções regionais. Em Mato Grosso, partidos retomam análises internas e reavaliam composições diante do novo cenário. A disputa presidencial, antes tratada em ritmo moderado, volta ao centro das articulações e deve orientar decisões que serão tomadas nos próximos meses.