O senador Jayme Campos colocou oficialmente seu nome na disputa pelo Governo de Mato Grosso ao divulgar vídeo nas redes sociais anunciando que pretende concorrer ao Palácio Paiaguás em 2026. A iniciativa movimentou o cenário político e pressionou o União Brasil a tratar do tema antes do que planejado, já que não houve comunicação formal ao partido antes do anúncio público.

Com a pré-candidatura assumida, Jayme intensifica viagens pelo interior e busca consolidar apoio interno. Publicações recentes mostram que o senador já articula abertamente sua viabilização dentro da sigla e aparece entre os nomes competitivos em pesquisas divulgadas na imprensa local. O gesto amplia sua presença no debate sucessório e o coloca diretamente na rota do grupo governista.

A declaração de Jayme provocou resposta imediata do secretário-chefe da Casa Civil, Fábio Garcia. Ele afirmou que ficou sabendo da movimentação apenas pelo vídeo publicado no Instagram e que qualquer definição será tomada somente nas convenções partidárias. Para Fábio, é legítimo que filiados se apresentem ao pleito, mas isso não representa posição oficial da federação União Brasil e PP. A direção do partido deve discutir o assunto somente no prazo previsto pela legislação eleitoral.

O governador Mauro Mendes também comentou o anúncio. Embora já tenha sinalizado preferência pelo vice-governador Otaviano Pivetta como sucessor, manteve o discurso institucional. Disse que respeita a trajetória de Jayme, mas que manifestações individuais não antecipam decisões da sigla. Para Mauro, o rito das convenções é o único momento em que candidaturas serão efetivamente confirmadas.

Mesmo diante da cautela pública das lideranças do União Brasil, a entrada de Jayme na disputa altera o tabuleiro interno. O senador conta com apoio crescente em alguns municípios e com o respaldo de lideranças que defendem que a sigla apresente candidatura própria ao governo em 2026. Ao antecipar o movimento, Jayme envia sinal claro de que pretende disputar o comando do Estado e não aguardar definições do grupo que hoje ocupa o Executivo.

A partir de agora, o União Brasil terá de administrar o avanço da pré-campanha do senador ao mesmo tempo em que tenta preservar a unidade interna. Com Jayme já em campo, o partido entra oficialmente no período de articulações que definirá qual rumo seguirá na sucessão de 2026.