Alegando faltar assessoria técnica, CPI da Sonegação Fiscal suspende trabalhos e não tem data para voltar
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25/04/2019 - 21:03
ASSEMBLEIA
Redação A Assembleia Legislativa suspendeu provisoriamente os trabalhos da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) que investiga suspeitas de sonegação de impostos e ilegalidades em renúncia fiscal. A decisão foi tomada no final da tarde desta quinta-feira (25) em comum acordo de todos os membros. As diligências e demais investigações serão retomadas somente após a Mesa Diretora decidir pela contratação de uma equipe técnica que possa auxiliar os parlamentares. A AL não informa se existe uma data prevista para que os trabalhos da CPI recomeçem.Pelo Regimento Interno, a Assembleia Legislativa tem o prazo de 180 dias para concluir as investigações.Com a suspensão provisória, os prazos permanecem suspensos, o que será devidamente oficializado em portaria a ser publicada no Diário do Legislativo.A CPI da Renúncia e Sonegação Fiscal é presidida pelo deputado estadual Wilson Santos (PSDB) e iniciou os trabalhos no dia 12 de março. Ainda compõem a comissão os deputados Carlos Avalone (vice-presidente), Ondanir Bortolini, o Nininho (relator), Max Russi e Janaína Riva, estes dois últimos na condição de membros. Até o momento, a principal ação da comissão foi colher o depoimento do empresário Aldo Locatelli, que detalhou o esquema de sonegação nos combustíveis no Estado. Segundo ele, apenas neste setor, Mato Grosso deixa de arrecadar R$ 425 milhões.Além disso, Locatelli revelou que facções criminosas - como o Comando Vermelho e o Primeiro Comando da Capital - possuem postos de combustíveis para "lavar dinheiro" de ações criminosas.