O fato de Silval ter confessado que desviou R$ 1.158 bilhão e devolver apenas R$ 70 milhões, leva Maggi a pedir auditoria na delação premiada de seu ex-aliado

O fato de Silval ter confessado que desviou R$ 1.158 bilhão e devolver apenas R$ 70 milhões, leva Maggi a pedir auditoria na delação premiada de seu ex-aliado SILVALBLAIRO
RedaçãoA política mato-grossense presencia uma disputa judicial entre dois ex-governadores e aliados, um já condenado em função dos desmandos cometidos no comando de Mato Grosso, e o outro respondendo ação que tramita do STF e na qual é acusado também de crimes contra os cofres públicos estaduais.A discrepância de valores na delação premiada de Silval Barbosa, um dos ex-governadores em litígio, que confessou ter participado do desvio de R$ 1.158 bilhão, mas pelo acordo firmado com a Procuradoria-Geral da República (PGR) ficou pactuado a devolução de apenas R$ 70 milhões (ou seja, 6,5% do montante surrupiado), serviu de embasamento para a defesa de Blairo Maggi, o outro ex-chefe do Executivo estadual, pedir uma auditoria financeira e contábil nos números apontados por Silval. Diante do que se apresenta como uma incongruência de valores, os advogados do ex-ministro Blairo Maggi (PP) pedem que o Tribunal de Contas da União (TCU) realize auditoria na delação premiada firmada entre Maggi e a PGRBlairo Maggi é citado por Barbosa como beneficiário de dinheiro desviado para financiamento de campanha de 2006 e 2014. As acusações são investigadas na Operação Ararath. A defesa de Blairo pede ao Instituto Nacional de Criminalística que os números apresentados por Silval seja auditados por peritos financeiros e contábeis federais.Maggi quer saber quais os números declarados pelo ex-governador como desviados dos cofres públicos e o valor exato devolvido pelo delator. Pede para se avaliar quando o dinheiro ressarcido representa sobre o montante desviado. Solicita que seja feito relatório sobre os bens entregues à Justiça.Pede também à PGR sobre eventual investigação patrimonial realizada sobre o colaborador, família e eventuais "laranjas" integrantes da quadrilha por ele liderada.  O documento foi encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF) para avaliação do ministro Luis Fux. A defesa alega que ao longo dos 11 volumes da delação de Silval, os números são contraditórios. Para sanar tais dúvidas, a defesa encomendou a autoria que encontrou várias brechas nas declarações.