Por Mané Catraca   O deputado federal Emanuelzinho Pinheiro (PTB), filho do prefeito da Capital, Emanuel Pinheiro (MDB), segundo o noticiário político local, estaria na iminência de transferir – ou já transferiu? – o seu título de eleitor para a cidade vizinha de Várzea Grande, onde, aliás, nunca residiu. Até aí, tudo bem.   Mas, em função dessa manobra eleitoreira, com a transferência do título, adquire um novo domicílio eleitoral – o que lhe assegura o direito, por exemplo, de se candidatar a prefeito daquele município, cargo que ele almeja.    Embora essa pretensão seja legal, sob o ponto de vista da legislação eleitoral, cabe questionar: é ético, moral, o cidadão usar desses artifícios para satisfazer ambições e objetivos políticos, seu ou de seu pai?   Caso Emanuelzinho venha a consumar seu intento de disputar eleições em outro município onde não reside, corre o risco de vir a ser chamado, pelos adversários, de “candidato importado ou postiço...”.   A atividade política tem seu bônus, mas carrega também ônus, que podem ser maiores que os eventuais benefícios.   Afinal, Várzea Grande não pode ser tratada como "puxadinho" de Cuiabá!   É o caso.