Mauro Mendes não quer nova Previdência transformada em “colcha de retalhos” e defende unidade em torno da reforma
Mauro Mendes não quer nova Previdência transformada em “colcha de retalhos” e defende unidade em torno da reforma
|
15/06/2019 - 08:05
Redação
Desde quando as discusões não tinham ainda afunilado sobre a necessidade de se mudar os critérios previdenciários do país, sob pena do sistema falir de vez, Mauro Mendes já era um dos primeiros governador a se alinhar na defesa da inclusão dos estados e municípios na reforma da Previdência. Daí, sua decepção por não ver as unidades federativas incluídas no relatório da reforma que foi apresentado, na quinta-feira (13), pelo relator da Proposta de Emenda à Constituição (PEC), deputado federal Samuel Moreira (PSDB-SP).Desde o início dos debates sobre o tema complexo, e quando ainda havia dúvidas sobre a validade de estados e municípios, cada qual com seu sistema próprío e independente, estarem debaixo do mesmo guarda-chuva de leis disciplinadoras da nova Previdência prestes a entrar em vigor, Mauro Mendes já vinha se posicionando no sentido de que todos os entes federativos - e não apenas a União - deveriam estar juntos, o que evitaria transformar a Previdência em uma colcha de retalhos, com cada Estado e municípios legislando para criar, ou não, seu novo sistema previdenciário. A posição do governador mato-grossense de defender a unidade em torno dessa questão, segundo ele mesmo afirma, é para evitar a quebradeira generalizada no país, se antecipando para tentar resolver uma “crise que se agrava” e pode chegar a um ponto de pensionistas e aposentados ficar sem receber seus proventos.“Eu lamento muito (referindo-se a retirada dos estados da proposta), porque a Previdência hoje é um dos graves problemas desse país. Precisamos botar um ponto final nessa reforma, mas é uma reforma que unifique o Brasil e não permitindo depois que cada estado fazendo de um jeito, cada município, uns fazendo e outros não fazendo”, criticou o governador.Segundo ele, em 2018 já faltou dinheiro para pagar as aposentadorias. “Faltou dinheiro para pagar os nossos aposentados, nós tivemos que pegar dinheiro que era para estar investindo em estrada, saúde, para comprar remédio, cuidar das escolas e usamos esse dinheiro do cidadão para pagar aposentadorias”, informa o governador.EsforçosEnquanto o plenário da Câmara dos Deputados não vota a reforma, Mendes defende que governadores e prefeitos interessados na questão redobrem esforços junto aos congressistas para que o problema seja contornado e os entes da federação possam ser incluídos na legislação a ser aprovada.