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Em audiência de custódia, juíza mantém prisão preventiva de dois diretores da PCE e três PMs
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18/06/2019 - 20:11
PCE
RedaçãoPresos na manhã desta terça-feira sob suspeita de terem facilicitado a entrada de celulares na Penitenciária Central do Estado (PCE), os servidores civis Revétrio Costa e Reginaldo Alves dos Santos, e os policiais militares Cleber de Souza Ferreira (tenente), Ricardo de Souza Carvalhaes de Oliveira (subtenente) e o cabo Denizel Moreira dos Santos Júnior tiveram suas prisões preventivas confirmadas na tarde de hoje (18), pela juíza Ana Cristina Silva Mendes, durante audiência de custódia realizada no fórum da Capital.Revétrio Costa e Reginaldo Santos, diretor e diretor-adjunto da PCE, respectivamente, serão encaminhados para o Centro de Custódia de Cuiabá (CCC). Já o tenente Cleber Ferreira será encaminhado para o 3º Batalhão de Polícia Militar, enquanto o subtenente Ricardo Oliveira e o cabo Denizel Moreira serão levados para o Batalhão de Operações Especiais (Bope). Entenda o casoTenente, subtenente e cabo da ROTAM também foram presos com diretores da PCE no caso de "acerto" para entrada de celularesAlém do diretor e do diretor-adjunto da Penitenciária Centra do Estado, mais conhecida como "Pascoal Ramos", no Distrito Industrial. foram presos na manhã desta terça-feira (18), o tenente Ferreira, lotado no 3ª Batalhão; subtenente Ricardo, lotado na Rotam (Ronda Ostensiva Tático Móvel) e cabo Denizel, também lotado na Rotam. Sobre eles pesa a suspeita de terem feito "vista grossa" mediante "acerto" com os chefes de organização criminosa para facilitar a entradsa de celulares no presídio As ordens de prisão são desdobramento do caso da entrada, na semana passada, de um freezer "recheado" cdom celulares, baterias e carregadores em uma ala do presídio e era destinado a um líder de facção criminosa que se encontra preso na PCE.A Polícia Civil de Mato Grosso cumpriu na manhã desta terça-feira sete mandados de prisão e 8 ordens de busca e apreensão, na operação “Assepsia”, deflagrada após investigações da Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO) sobre a entrada de aparelhos celulares em unidades prisionais do Estado. Entre os presos estão o diretor e o sub-diretor da Penitenciária Central do Estado, Revétrio Francisco da Costa e Reginaldo Alves dos Santos, respectivamente, e ainda três policiais militares.,Os mandados de prisão foram decretados contra cinco servidores públicos e dois internos da Penitenciária Central do Estado (PCE).Quando da ocorrência, equipes da GCCO estiveram na PCE e verificaram que não havia nenhum registro de entrada ou mesmo informações acerca da entrega do referido eletrodoméstico. Diante dos fatos e da inconsistência das informações, todos os agentes penitenciários presentes foram conduzidos até a Gerência e questionados sobre os fatos. No mesmo dia, a autoridade policial determinou a apreensão das imagens do circuito interno de monitoramente da unidade, que foram extraídas por meio da Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec). Por meio dos depoimentos, da análise das imagens e conteúdo de aparelhos celulares apreendidos e ainda, da realização de diversas diligências, foi possível identificar e comprovar de maneira robusta, que três policiais militares, dentre eles um oficial de carreira, foram os responsáveis pela negociação e entrega do freezer recheado com os celulares. Com a ciência do diretor e do subdiretor da unidade, os militares enviaram o aparelho congelador que era destinado a um dos líderes de uma facção criminosa atuante no Estado. Ao longo das investigações, a Polícia Civil conseguiu comprovar que nomesmo dia, duas horas antes do freezer ser interceptado, os três militares e os diretores da unidade, participaram de uma reunião a portas fechadas com o preso líder da organização criminosa, por mais de uma hora, dentro da sala da direção. "Toda a dinâmica dos fatos foi registrada pelas imagens da unidade prisional”, aponta o relatório da investigação.No decorrer das investigações, ficou constado ainda que o veículo utilizado para a entrega do freezer, na unidade, pertence a outro reeducando, que também é considerado uma das lideranças da mesma facção. Esse reeducando divide cela com o destinatário do equipamento.Além das prisões preventivas dos servidores públicos e dos líderes da facção criminosa, serão cumpridas medidas de busca e apreensão nas dependências da Penitenciária Central do Estado.O inquérito será concluído nos próximos 10 dias. Os investigados poderão responder pelos crimes de integrar organização criminosa, corrupção passiva e ainda por facilitação de entrada de celulares em estabelecimento prisional.