Redação   Depois de alegar ter sido sequestrado na cidade de Parabaína (MS) por homens armados, na terça-feira (18), ser obrigado a  decolar em seu avião e após quase 40 horas sem dar notícias, o piloto Edmur Guimarra Bernardes, de 78 anos, apareceu no aeroporto de Cáceres (220 Kms de Cuiabá), na tarde de ontem (19). Nesta cidade ele  foi ouvido pela Polícia mato-grossense e contou uma história digna de roteiro de cinema sobre o tempo que ficou em mãos dos supostos sequestradores.Segundo documento da Policia Civil de Cáceres, no dia 18 de junho, última terça-feira, o piloto disse que estava saindo de casa, quando foi surpreendido por duas pessoas, “ordenando que entrasse” em um carro.Lá dentro, a dupla teria dito que faz parte de uma facção criminosa, “falando que sabiam que ele tinha as chaves do hangar e que precisavam de um avião que tinha pousado na noite anterior”, em Paranaíba.Edmur diz que acompanhou os dois homens em uma camionete, abriu o hangar e por volta das 6h30 decolou com destino à uma fazenda no Paraguai, sem indicar a localização exata. Lá, o piloto garante que permaneceu “o dia e a noite”.Na propriedade paraguaia, Edmur conta ter sido informado que teria de resgatar um outro membro da facção, comparsa dos sequestradores. Na manhã do dia seguinte, por volta de 6h20 de quarta-feira, ele e os 3 homens deixaram a fazenda no Paraguai e seguiram para a Bolívia, também sem indicar em qual localidade.Na versão do piloto, ontem, por volta das 14h30, ele “aproveitou uma distração dos suspeitos, e conseguiu dar partida no avião e pousar às 17h15, em Cáceres”.Edmur e a aeronave, modelo Cessna 182, estavam sendo esperados por volta das 12h30 de hoje em Paranaíba .