Arcanjo elenca Taques, Julier, Selma e agora Stringheta de buscar promoção política com suas prisões

 Arcanjo elenca Taques, Julier, Selma  e agora Stringheta de buscar promoção política com suas prisões arcanjo12
REDAÇÃOJoão Arcanjo Ribeiro, o “Comendador” e que agora se intitula ex-bicheiro, e teve recentemente sua prisão preventiva decretada pela Justiça após operação policial de combate ao jogo do bicho, lavagem de dinheiro e extorsão em MT.  inverte a lógica jurídica e faz do “ataqu a defesa” – uma tática, aliás, antiga e que às vezes costuma dar certo. Outra postura adotada é a de assumir o papel de “perseguido”, “injustiçado”, que costuma ter apelo popular e sensibilizar, principalmente, os de memória curta.  Aqueles que se esqueceram de empresários e pessoas comuns que tiveram braços quebrados, sofreram torturas como afogamentos,  tiverem bens tomados à força, quando não morreram a mando dele em ações truculentas de cobrança de supostas dívidas que se transformavam em “bola de neve” impagáveis, mediante os juros extorsivos.   Essa nova imagem de “coitadinho” contrasta com a arrogância como posava antigamente,  quando vivia cercado de capangas armados, além de autoridades de várias instituições mato-grossenses, inclusive jornalistas,  que se orgulhavam de aparecer ao seu lado. Todos eles rebaixados a serviçais e reles “babaovos” do  então capo maior do EstadoCom relação ao “Comendador” pode-se até questionar a dosemetria aplicada às sentenças que ele recebeu, consideradas excesivas, mas jamais deixar de reconhecer que suas condenações foram, embasadas em denúncias e provas dos vários crimes que ele cometeu – o que não permite que agora venha posar de vítima de perseguições. Até porque, no auge do seu poderio econômico e financeiro, construído através de atividades ilícitas, era temido pela grande maioria da população e chegava a ser visto e endeusado como uma espécie de “poder paralelo” em Mato Grosso. Considerado por muita gente como  maior até  do que o das próprias instituições oficiais.A manobra do contraventor consiste hoje em afirmar que as recentes investidas da Polícia Judiciária Civil de Mato Grosso e do Ministério Público Estadual (MPE) em prendê-lo preventivamente pela acusação de chefiar o jogo do bicho em Mato Grosso tem como pano de fundo potencializar a imagem de agentes públicos interessados em ingressar na carreira política. Por conta disso, classifica como política a atuação do delegado Flávio Stringueta, lotado na Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO). “Lamenta-se que, mais uma vez, o cidadão João Arcanjo Ribeiro esteja sendo utilizado e justicializado como passaporte eleitoral”, diz um dos trechos do pedido de revogação de prisão preventiva assinado pelo advogado Zaid Arbid no dia 14 de junho. O pedido protocolado em segredo de Justiça ainda será julgado pelo juiz Jorge Luiz Tadeu Rodrigues, titular da 7ª Vara Criminal da Comarca de Cuiabá. Arcanjo ainda elenca o histórico de autoridades que conduziram investigações contra si e o condenaram no Judiciário que ingressaram na política utilizando sua imagem como instrumento de palanque político-eleitoral.As citações incluem o ex-procurador da República, Pedro Taques, que posteriormente veio a ser eleito senador da República e governador de Mato Grosso; o ex-juiz federal Julier Sebastião da Silva que se desligou da magistratura para ser candidato ao governo do Estado em 2014 e, posteriormente, a Prefeitura de Cuiabá em 2016; a ex-juíza Selma Arruda que veio a ser eleita senadora da República em 2018. “Primeiro, foi José Pedro Taques, que, com acusações e acusações, publicidades e publicidades, sempre se colocando como o algoz do comendador, deixou a Procuradoria da República, visitou o Senado da República e chegou ao governo do Estado de Mato Grosso, onde experimentou do próprio veneno”, diz. “Segundo, foi Julier Sebastião da Silva, que após implacável perseguição pessoal imposta a João Arcanjo Ribeiro, que lhe gerou inclusive a suspeição processual, passou a seguir os passos do ídolo Taques, deixando a magistratura federal e, com reiteradas derrotas eleitorais, pôs-se a beira do caminho da política, esperando a sorte das urnas vigar”. “Terceiro, foi Selma Rosane Arruda, hoje Senadora da República com mandato impugnado, que depois de presidir as  ações penais relacionadas com a Operação Arrego, decretou a prisão de João Arcanjo Ribeiro e capitaneou a sua transferência para o Presídio Central de Segurança Máxima. Em seguida, decretou prisão preventiva em 18 ações penais divulgada em período pré-eleitoral, cuja decisão foi anulada pela 3ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Mato Grosso”, concluiu. Em seguida, Arcanjo lança suspeitas a respeito do comportamento do delegado Flávio Stringueta perante à imprensa, que, em sua avaliação, estaria mais preocupado em ganhar holofotes junto à opinião pública do que necessariamente produzir provas que possam incriminá-lo na narrativa construída no inquérito policial que subsidia a denúncia do Ministério Público Estadual. “Em quarto, apresenta-se o delegado de polícia Flávio Stringueta, que no sonho de uma cadeira no Parlamento Federal, chegou ao extremo de arrumar palanque popular no dia do interrogatório de João Arcanjo Ribeiro, ao censurar o presídio central de Cuiabá, por não ter “raspado os seus cabelos”, manifestando essa censura aos órgãos de comunicação ali presentes”, afirma. Por último, Arcanjo reforça que Stringueta age com intuito midiático e afirma que está velho demais para ser novamente utilizado como instrumento político eleitoral por agentes públicos interessados em carreira política. “A vaidade eleitoral dessa autoridade está a embaraçá-la até quando passa por um refrigerador e este se abre: rapidamente se compõe, pensando ser flash ou holofote! Sinal dos tempos! Sinal da política(...) Hoje com 68 anos de idade, não suporto mais ser utilizado como instrumento de um processo ou como objetivo de uma campanha eleitoral”, conclui.