ENTRE "BATE E ASSOPRA": Mauro Mendes muda tom cordial, contra-ataca e diz que gestão passada deixou rastro de “quebradeira e desemprego”

Redação   Em declarações à Imprensa, na manhã desta terça-feira (2), o  governador Mauro Mendes (DEM) rompeu com o tom de cordialidade como até então vinha suportando as críticas de adversários e ex-aliados e, ainda que não tenha baixado o nível das respostas, endureceu o discurso e responsabilizou seu antecessor, o ex-governador Pedro Taques (PSDB) pela atual “quebradeira” que Mato Grssdo enfrenta com altos índices de desemprego em atividades ligadas ao comércio, indústria, serviços e construção civil. Sendo a única exceção nesse quadro crítico que penaliza o Estado, o agronegócio que continua crescendo, conforme apontam números recentes divulgados pelo governo federal.A ofensiva de Mauro é em resposta ao ex-secretário de Fazenda de Taques e atual presidente da FIEMT (Federação das Indústrias de Mato Grosso) que ontem acusou Mendes de estar promovendo a quebra de empresas e o desemprego, por tomar medidas que, após aprovação pela Assembleia Legislativa, visam um enxugamento dos incentivos fiscais concedidos pelo governo.De acordo com o governador, os incentivos fiscais concedidos durante a gestão passada é “problema do Ministério Público” e do “Tribunal de Contas”. De acordo com Mauro,  os benefícios foram dados sem previsão na Lei Orçamentária, configurando, no seu entender, “crime" de responsabilidade, entre outras sanções.Gustavo de Oliveira criticou a Lei de reinstituição e revogação de Incentivos Fiscais proposta pelo Governo, dizendo que ela causaria “desemprego” e “insegurança jurídica”. Esse dispositivo legal revoga benefícios tributários em desacordo com a Constituição de 1988.“Eles deram - responde Mauro Mendes - , como outros Governos também fizeram, incentivos fiscais sem ter previsão em Lei Orçamentária. Isso gera um enorme passivo e uma extrema insegurança jurídica. Aliás, isso meus amigos, é crime, foi cometido crime durante muitos anos. Agora, isso não é problema meu. Isso é um problema do Ministério Público e do Tribunal de Contas”.Rebatendo a acusação de que estaria atuando para gerar desemprego, Mendes disse que Gustavo de Oliveira e o ex-governador Pedro Taques “entendem” de insegurança jurídica e de desemprego, revelando que tramitam na Justiça 130 ações que questionam a principal política pública de incentivos fiscais do Estado (Prodeic).Segundo atual governador, a política fiscal de seu antecessor contribuiu para o fechamento de 22 mil empresas no período de 4 anos.Referindo-se a Gustavo: “Queria dizer a ele que ele foi membro durante 3 anos, secretário do governo, durante 1 ano e meio secretário de fazenda. E eles entendem muito bem de segurança jurídica porque durante o período deles no Governo eles geraram 130 ações na Justiça contra o Prodeic [...] E por falar em desemprego, eles também entendem bem. Porque nesses últimos 4 anos, que ele fez parte do Governo, quase 22 mil empresas fecharam as portas em Mato Grosso”..BATE E ASSOPRA: “Você, Gustavo, é um amigo querido. Tenho muita consideração por você, pela Federação das Indústrias, por todos os empresários industriais de Mato Grosso. Eu gostaria que você lesse primeiro e entendesse a Lei que nós encaminhamos. Estamos fazendo o enfrentamento necessário para corrigir inclusive incentivos fiscais que determinado governador ‘confessou’ que vendeu a determinados setores de Mato Grosso. Nós estamos sim cortando esses incentivos, porque isso é um absurdo”.