Embora governo reconheça avanços na contenção de gastos, decreto de calamidade financeira pode ser prorrogado em MT

Embora governo reconheça avanços na contenção de gastos, decreto de calamidade financeira pode ser prorrogado em MT sefaz30
Redação Mato Grosso, embora tenha produzido avanços em sua política fiscal, ainda continua sob riscos de que déficits venham a crescer caso os mecanismos de contenção de gastos sejam afrouxados. Nesse contexto, o caixa fazendário estadual ainda estaria no "vermelho", ou seja, com as despesas superando as receitas.   Com essa preocupação de manter o equilíbrio das contas píblicas, uma equipe técnica do governo de Mato Grosso avalia prorrogar o decreto de calamidade financeira, assinado pelo governador Mauro Mendes (DEM) no 17º dia da gestão dele.   A informação é do secretário-chefe da Casa Civil, Mauro Carvalho, entrevistado no quadro Papo das 6h, nesta segunda-feira (8).“Realmente o estado continua com uma situação financeira extremamente delicada. Ainda estamos com salários escalonados e isso tem dificultado muito”, comentou o secretário.Segundo ele, porém, avanços já foram feitos.“Recuperamos os pagamentos de alguns fornecedores, mas ainda existem restos atrasados. Estamos trabalhando diariamente para que essa situação se resolva o mais rápido possível”, completou.A definição da prorrogação (ou não) do decreto, de acordo com o secretário, deve ser divulgada ainda esta semana.Decreto de calamidadeA medida foi decretada no dia 17 de janeiro. O governo afirmou que atitude foi necessária por causa de dívidas deixadas pela administração anterior, estimadas em R$ 4 bilhões, e despesas acima da arrecadação prevista para este ano.Entre os motivos expostos no decreto, estão:Arrecadação insuficiente para arcar com as despesas;Endividamento por causa da Copa de 2014;Crescimento das despesas de pessoal em 695% entre 2003 e 2017;Desoneração tributária adotada nos últimos anos;"Altíssimo grau" de inadimplência do estado;Não repasse, pela União, do FEX, referente a 2018.Segundo o governo, a intenção é equilibrar as contas do estado, que deve aos fornecedores, prestadores de serviços, o que afeta, principalmente as áreas de segurança.