Mesmo sem apoio popular e com a categoria dividida, greve dos professores chega a 42 dias, mas pode estar perto do fim
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09/07/2019 - 03:03
Redação
Sem apoio da sociedade e com a categoria dividida, após 42 dias de greve completados nesta terça-feira (9), o Sintep (Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública de Mato Grosso ), em assembleia prevista para a próxima quinta-feira (11) sinaliza o fim da paralisação que, além de penalizar milhares de alunos pela falta de aulas, vem gerando desgastes para o próprio sindicato perante a população..O movimento se manteve até aqui, apesar de cerca de 60% das escolas estarem funcionando – o que caracteriza um esvaziamento da greve -, mais pela insistência de líderes sindicais dos profissionais da educação que, propriamente, pela vontade dos liderados. Embora a totalidade dos professores cobrem, obviamente, reajustes em seus salários, nem todos eles concordam com a paralisação neste ínicio de governo e quando o Estado tem o limite da LRF (Lei de Responsabilidade Fiscal) “estoutado” – o que inviabiliza aumento de gastos salariais.
Sob pena do próprio governador sofrer sanções penais caso queira desobeder a lei e, atendendo apelos dos grevistas, conceda aumentos para a categoria que, segundo informa a Secretaria de Fazenda podem chegar a R$ 1 bilhão este ano.Na tentativa de resolver o impasse, aconteceu na tarde desta segunda-feira (8) a segunda rodada de negociação no Núcleo de Conciliação, sob a mediação do Tribunal de Justiça. Foram pelo menos 4 horas de audiência. O secretário-chefe da Casa Civil, Mauro Carvalho, avaliou como "muito boa" a negociação. "Estamos confiantes no retorno das aulas a partir da próxima segunda-feira", pontou. Conforme o presidente do Sintep, Valdeir Pereira, a audiência não apresentou nada de concreto de imediato. O governo condicionou a pagar os dias cortados ao retorno das aulas. Desta forma, o governo se compromete a pagar 50% até 26 deste mês e outros 50% até 26 de agosto. Também se comprometeu em não cortar os salários dos grevistas neste mês. Sobre a lei 510, que dobra o poder de compra, o governo fez o compromisso de sentar com o Sintep a cada quadrimestre para avaliar a evolução da receita e os ajustes que estão sendo feitos pela gestão Mauro Mendes e tendo possibilidade será feito o pagamento.As portas para uma saída honrosa para pôr fim à greve foram abertas nessa reunião.