Operação combate organizações criminosas que atuam em MT e Goiás
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10/07/2019 - 07:04
PC e PM
REDAÇÃO Mais de 70 suspeitos são alvos da operação integrada “Agenda Nacional 1”, deflagrada nas primeiras horas da manhã desta quarta-feira (10), pelas forças de Segurança Pública, na região de Barra do Garças (509 km a Leste de Cuiabá), para combater criminosos articulados para prática de atividades ilícitas ordenadas de dentro de celas de presídios e centros socioeducativos de Mato Grosso. São 33 mandados de prisão contra membros de uma organização criminosa e 40 mandados de busca e apreensão, com objetivo de apreensão de armas de fogo, drogas, veículos, documentos e outras provas de crimes cometidos pelos suspeitos alvos da investigação. As ordens judiciais foram expedidas pela 7ª Vara do Crime Organizado de Cuiabá. A operação cumpre agenda do Ministério da Justiça e da Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp) do Governo do Estado de Mato Grosso. A ação é coordenada pela Polícia Civil de Barra do Garças, com auxílio da Polícia Federal e da Polícia Militar de Barra do Garças nos levantamentos, com atuação de mais de 200 policiais das instituições de segurança pública estadual e federal, 55 viaturas, um helicóptero e cães farejadores. Também estão presentes na operação a Polícia Rodoviária Federal, Corpo de Bombeiros Militar, Sistema Penitenciário, Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec), e o Centro Integrado de Operações Aéreas (Ciopaer). As Polícias apuraram, que do interior dos muros de unidades prisionais das cidades mato-grossenses Barra do Garças, Água Boa, Nova Xavantina, Comodoro, Cuiabá, e Aragarças, em Goiás, criminosos faccionados estão por trás de crimes violentos como latrocínios e roubos, ocorridos na cidade de Barra do Garças e municípios circunvizinhos, e ainda agindo corriqueiramente em estelionatos, furtos e tráfico de drogas, tudo objetivando disseminar a violência e fortalecer diversas formas de arrecadação financeira ao grupo criminoso. Dos criminosos alvos, 22 serão notificados das ordens judiciais dentro de unidades prisionais do Estado, de onde, mesmo reclusos, articulam e ordem crimes fora das cadeias. O delegado da Polícia Civil de Barra do Garças, Nelder Pereira Martins, coordenador da operação e presidente dos autos do inquérito policial, informou que o fato dos presos integrarem organização criminosa já caracteriza delito autônomo ou independente com pena de reclusão de 3 a 8 anos. “Nesse sentido, a Polícia Judiciária Civil de Barra do Garças representou pela expedição de 33 mandados de prisão preventiva e, a fim de coletar ainda mais provas representou também pela expedição de 40 mandados de busca e apreensão”, disse. Conforme Nelder, a forma de agir da facção criminosa é semelhante em vários estados da federação, assim como em outras regiões de Mato Grosso, sempre objetivando aumentar o lucro financeiro da organização. "Nossas investigações vem combatendo a facção deste a operação 10º Mandamento, em 2018. Esse trabalho conjunto com todas as instituições reforça ainda mais essa repressão qualificada", afirma.