Janaina “roda a baiana” na AL e diz que vai cobrar explicações do chefe do MPE sobre “grampos” telefônicos

Janaina “roda a baiana” na AL e diz que vai cobrar explicações do chefe do MPE sobre “grampos” telefônicos catraca
  Enquanto na Assembleia Legislativa de Mato Grosso já “fervilha” comentários nos corredores e gabinetes de que a Casa poderá abrir uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) para apurar a denúncia de que “grampos” telefônicos, a pedido de promotores, teriam sido urdidos para fazer escutas das conversas de parlamentares, a deputada Janaina Riva (PMDB), que seria um dos alvos dessas escutas, disse que pretende ouvir o procurador-geral de Justiça (PGJ) de Mato Grosso, José Antônio Borges.   Segundo a deputada, ela vai cobrar explicações de Borges sobre a conduta do Ministério Público Estadual (MPE) na condução das apurações de responsabilidades pelas interceptações telefônicas ilegais.   Janaina expôs sua decisão durante discurso da tribuna da AL, nesta quarta-feira (17).   Os grampos ilegais teriam surgido em 2014, durante a campanha em que o governador Pedro Taques (PSDB) sagrou-se governador de Mato Grosso. E, de acordo com envolvidos nessas intercepatações, foram feitos, em vários casos, a pedido do então candidato tucano ao Governo do Estado, interessado em saber o que seus adversários tramavam.    No entanto, os desdobramentos da “gramponagem” afloram até hoje no Estado, através de novos depoimentos que estão vindo à tona trazidos por militares que são réus no processo denominado de “Grampolância Pantaneira”.   Esse grupo de PMs, incluindo oficiais de alta patente,  montou o esquema, inserindo nomes de pessoas não investigadas nas escutas clandestinas, um procedimento criminoso chamado de “barriga de aluguel”.   As escutas teriam perdurado de 2014 a2016 e abrangeram um número ainda não quantificado de pessoas, entre políticos, jornalistas, autoridades do próprio Judiciário, empresários, servidores públicos e até pessoas comuns cujas conversas eram devassadas.