Familiares de presos protestam contra operação na PCE que visa retirar celulares de detentos e impede visitas
Familiares de presos protestam contra operação na PCE que visa retirar celulares de detentos e impede visitas
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13/08/2019 - 11:36
Rdação
Sob protestos de um grupo de familiares de presos concentrado em frente à Penitenciária Central do Estado (PCE), operação realizada na manhã desta terça-feira (13), na Capital, está retirando celulares e outras regalias em poder de reedecundos. Denominada Elison Douglas, em homenagem ao agente penitenciário morto em Lucas do Rio Verde (354 km ao Norte de Cuiabá), a operação conta com 50 agentes vasculhando as dependências internas do presídio, no que está sendo considerado um “pente-fino” nas celas. O local foi cercado pela Polícia Militar. Devido a operação as visitas e entregas de materiais para os presos estão suspensas. Para reforçar o efetivo na ação, foram convocados agentes penitenciários do interior do estado.
Reividicações dos presosUma carta de com mais de 100 páginas mostra que os presos já escreveram uma reivindicação, em qual faz pelo menos seis exigências quanto ao tratamento recebido por parte dos agentes. Os detentos citam a Constituição Federal e que não irão tolerar torturas nem tratamento desumanos. Em outro ponto da carta, eles exigem que as visitas pessoais sejam “agilizadas”, com a dispensa da revista manual.Nota na íntegra SindipenPosicionamento do Sindspen-MT sobre a Operação Agente Elison Douglas, deflagrada na PCETendo em vista a Operação Agente Elison Douglas, deflagrada na noite de ontem (13), na PCE, a Presidente em substituição do Sindicato dos Servidores Penitenciários do Estado de Mato Grosso (Sindspen-MT), Jacira Maria da Costa Silva, esclarece que: A operação é um pedido dos servidores do sistema penitenciário, por meio do sindicato á Secretaria de Segurança Pública de Mato Grosso (Sesp-MT), tendo em vista o crescimento do crime organizado dentro de unidades penais, que culminou no assassinato do agente penitenciário de Lucas do Rio Verde, Elison Douglas no mês de maio. A operação tem como foco diminuir as regalias dentro dos presídios e restringir a quantidade de produtos dentro das unidades prisionais, ou seja, a quantidade de materiais em excesso que gera superlotação no ambiente. “Precisamos diminuir os excessos, mas respeitaremos os direitos deles”, frisa a presidente. O que está sendo revisto é evitar que estas unidades que foram criadas aumentem a lotação, sendo que a retirada desses materiais ajudará a ter um ambiente mais arejado e com mais de ventilação.“Teremos alterações na legislação e essas mudanças vão trazer insatisfações, pois agora teremos regramento dos excessos que dificultam a revista e dificulta também a higiene no ambiente carcerário. Tudo vai ser normatizado e solicitamos aos servidores que fiquem de sobreaviso para possíveis retaliações”, esclarece. A presidente agradece aos guerreiros que estão imbuídos nesse momento no front dessa missão. “Temos muita satisfação em ver que hoje os servidores estão capacitados e podem estar fazendo esse trabalho com profissionalismo e dentro da legalidade, é uma honra para nós dentro, das forças da segurança pública, dar uma resposta à sociedade que pode dormir tranquila.A operação sob o comando do agente penitenciário e atual diretor da unidade, Agno Santana, profissional extremamente qualificado, que já foi diretor em Rondonópolis e hoje coordena o Grupo de Intervenção Rápida (GIR), sendo considerado dentro do meio operacional, o ícone do Sistema Penitenciário Mato-grossense. “Agradecemos a toda dedicação e compromisso que o Agno tem demonstrado em toda sua vida funcional”. Essa operação foi batizada em homenagem ao Elison Douglas e a Penitenciária Central foi à escolhida como piloto dessa operação por ela ser o coração do Sistema Penitenciário de Mato Grosso. “Esse nome nos lembra a retidão e dignidade que o Douglas sentia ao vestir sua farda para ir trabalhar, sendo que esta também é uma forma de homenagear e honrar sua memoria pelos bons exemplos que deixou e nos orgulha seguir”.