REDAÇÃOInvestigações levadas a efeito pela Secretaria Municipal de Saúde de Cuiabá, comandada pelo advogado Luiz Antônio Possas de Carvalho, descobriu um esquema de desvios de medicamentos e insumos dentro do Pronto-Socorro da Capital. Os crimes estavam sendo coimetidos por alguns funcionários da própria unidade, que foram exonerados a bem do serviço público, após a instauração de seis PADs (Procedimentos Administrativos Disciplinares.As informações foram dadas na manhã desta segunda-feira (26), em entrevista ao programa Bom dia Mato Grosso, da TV Centro América.   Possas informa que a investigação por parte do Município teve início há cerca de 60 dias, após várias denúncias sobre falta de medicamentos e insumos básicos no hospital.“Há uns dias diziam que faltava medicamentos no Pronto-Socorro. A partir do momento em que botamos polícia lá dentro, acabou a falta de medicamento. [Os remédios não chegavam na ponta] porque havia desvio”, disse o secretário.“Gente de dentro do Pronto Socorro. Pessoas que eram obrigadas a zelar pela distribuição, eram as primeiras a desviarem. Isso é trágico. É horrível”, acrescentou Possas.“Nós entregamos em um final de semana 20 mil pares de luvas. Ocupa-se de 2 a 3 mil em um final de semana. Na segunda-feira já não tinha mais luvas. É impossível isso”, disse. Na avaliação do secretário, esses dados provam que estava havendo desvios de material.“Começamos apertar o cerco. Entrou o setor de inteligência dentro do Pronto-Socorro e descobriu de onde estava vindo o desvio. Além disso, estava tendo má vontade por parte de algumas pessoas”, afirmou Possas.Após essa ação de inteligência, a Prefeitura passou a encaminhar 30% a menos de medicamentos do que entregava anteriormente. E mesmo com a redução, não há falta de remédios na unidade, o que provaria que de fato estavam sendo desviados produtos da unidade.