Polícia do Amazonas investiga e desmonta quadrilha de falsários que agia em presídios de Mato Grosso

Redaçãoi   Operação Falsários de Net, deflagrada pela Polícia Civil do Amazonas, cumpre 17 mandados de prisão, busca e apreensão contra uma quadrilha de estelionatários que agia dentro do presídio da Mata Grande, em Rondonópolis. As ordens de prisão e busca e apreensão foram decretadas pela Justiça da Comarca de Manaus (AM) e cumpridas com o apoio da Polícia Civil de Mato Grosso.     Dos 17 mandados prisão, 16 foram cumpridos dentro da unidade prisional e uma no bairro Dom Osório, onde foi presa a esposa de um dos reenducandos.     Durante buscas na cela dos suspeitos, foram apreendidos 76 chips, 3 celulares, 6 porções de maconha e 28 cadernos com anotações. Na casa da suspeita, os policiais apreenderam um veículo Golf, uma motocicleta e mais de R$ 1,1 mil em dinheiro.   As investigações da Polícia Civil do Amazonas, conduzidas pela Delegacia Especializada de Roubos, Furtos e Defraudações (DERFD) de Manaus, apontam que os suspeitos praticavam golpes de estelionato, por meio de aplicativo de celular WhatsApp, e fizeram vítimas em vários Estados, incluindo o Amazonas.   Segundo a investigação, nos últimos dois anos, foram registradas mais de 200 ocorrências, desse tipo de crime cometido pela mesma quadrilha somente no Distrito Federal (DF). Ainda segundo a investigação, o suspeito nunca aparecia, somente enviava mensagens de texto e áudios para as vítimas.    Entenda o golpe    O golpe acontecia quando o comprador (vítima), interessado pelo preço, entrava em contato com o estelionatário, o qual age como intermediário do vendedor. O golpista, então, afirma para o proprietário do veículo que o comprador (vítima) tem uma dívida com ele.    A mesma versão era apresentada ao comprador (cliente), falando que o dono do carro tinha uma dívida com ele (golpista). A mentira é contada porque logo em seguida o estelionatário solicita para ambos não falarem de valores, quando a pessoa interessada na compra for fazer vistoriar o veículo.    Depois de negócio fechado, o estelionatário, fazendo o papel de intermediador, informa ao comprador a conta bancária para depósito, e solicita que o depósito seja feito rapidamente.   O golpe foi descoberto, após um comprador perceber que o depósito não havia sido realizado em nome do verdadeiro vendedor, e sim de uma terceira pessoa que seria integrante da quadrilha de estelionatário