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INTIMIDADE FORÇADA: Subtenente “taradão” foi condenado por apalpar pernas e nádegas de alunas
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05/01/2018 - 16:59
martelo
Redação
Por apalpar pernas e nádegas de alunas adolescentes, do Colégp Militar Tiradentes, em Cuiabá, além de fazer constante assédio sexual explícito às garotas, o subtenente da Polícia Militar Alecssandro Leandro da Silva foi condenado a 4 anos e 9 meses de reclusão. A sentença é do juiz Wladys Roberto do Amaral, da 11ª Vara Criminal da Justiça Militar, do início de dezembro.A denúncia contra o militar partiu do Ministério Público Estadual (MPE) e os crimes ocorreram em 2015, quando o subtenente era coordenador do Colégio Militar Tiradentes.Em sua táticas de assédio e conquista de suas presas, o subtenente enviava mensagens com conotação sexual por meio de um aplicativo de celular e, em outras ocasiões, determinava que as alunas fossem até uma sala, onde se aproveitava da clandestinidade e abusava sexualmente delas acariciando suas partes íntimas.Usando de prerrogativas do cargo de oordenador do curso, o militar tarado se aproveitava para constranger e abusar de alunas.Uma menor relatou, durante inquérito militar, que em uma ocasião teria ido até a sala de atendimento do subtenente para falar sobre algum assunto com ele, quando o acusado teria abraçado e passando a mão em suas nádegas.Ela chegou a contar para uma outra aluna o ocorrido e confidenciado a ela que o subtenente lhe enviava mensagens dizendo que sonhava e que acordava pensando nela. Em algumas páginas com os prints das conversas trocadas, o subtenente afirma “não vou nem chegar perto... três coisas perigosas juntas hj: vc, agasalho, cabelo solto = sub preso”.A colega de classe também contou que teria passado pela mesma situação. Ela relatou que também recebeu mensagens do subtenente dizendo que ela “era linda e que era uma das alunas mais bonitas da escola”.“Asseverou que o réu lhe enviava mensagens durante a noite, sendo que, em algumas ocasiões, ele pedia para que ela apagasse os textos dizendo que “o que é da noite fica na noite”. Relatou que o acusado, por meio das mensagens, lhe falava da vida dele, de sentimentos, bem como que tinha sonhos eróticos com ela”,. relata o juiz em trecho da condenação.Além disso, o subtenente também lhe abraçou e passou a mão em seu corpo, acariciando entre suas pernas. Nesse momento, segundo a menor, ela entrou em estado de choque e o próprio subtenente pediu para que ela se retirasse do local, caso contrário “ele cometeria algo de que iria se arrepender”.A menor contou também que começou a namorar um garoto e se afastou do acusado, mas ele passou a lhe importunar ainda mais, tendo se encorajado e relatado os fatos à sua mãe. Ainda segundo o MPE, mãe foi à escola quando o acusado a ameaçou dizendo: “eu sei onde a senhora e sua família moram e eu passo lá em frente direto”.Considerando a gravidade do caso, o MPE pediu a condenação do subtenente pelo crime de ameaça, atentado violento ao pudor e ameaça. O subtenente só foi preso em setembro do ano passado, após a realização do inquérito militar. Ao analisar a denúncia, juiz Wladys Roberto do Amaral diz que não restou suficientemente comprovada o crime de ameaça, “já que o único elemento existente que indicaria a existência do crime é a palavra da própria vítima”.Quanto a acusação de atentado violento ao pudor e abuso sexual, o magistrado ressaltou que restou caracterizada a violência, uma vez que comprovada a relação de superioridade hierárquica que o réu tinha sobre as vítimas. Porém,, destacou que o subtenente não ostenta antecedentes criminais e o seu histórico funcional é bom, além das vítimas terem afirmado que os fatos não influíram em suas vidas.“Em razão do concurso material (art. 79, CPM), as penas devem ser somadas, totalizando, portanto, a pena definitivamente fixada, ao acusado Alecssandro Leandro da Silva, em 04 (quatro) anos e 09 (nove) meses de reclusão”.A pena será cumprida no regime semiaberto e o subtenente foi posto em liberdade em dezembro.