RedaçãoDoravante, toda e qualquer articulação com vistas à sucessão estadual em Mato Grosso, tera que ser feita sem levar em conta a participação, direta ou indireta, do ex-governador, senador licenciado e ministro da Agricultura, Blairo Maggi.Isso porque, confirmando as expectativas dominantes nos meios políticos e na imprensa, ele anunciou, em coletiva, na sede da AMM (Associação Mato-grossense dos Municípios), nesta segunda-feira (26). que não vai disputar nenhum mandato eletivo em outubro próximo, mas permanece à frente da pasta da Agricultura até o final deste ano, quando se encerra o mandato do presidente Michel Temer.Além de afirmar que está fora da disputa eleitoral, Maggi garantiu que não vai apoiar nenhum candidato para o Governo do Estado. “Estou me retirando da política”, disse.A únca possibilidade que ele deixou em aberto para um eventual apoio é quanto a uma possível candidatura ao Senado do seu amigo Adilton Sachetti, atual deputado federal que estava na iminência de ir para o Dem, mas diante da possibilidade de ser candidato a senador com aval de Maggi, deve mudar de planos quanto ao novo partido que deverá se filiar.Por outro lado, na avaliação de observadores políticos, caso Sachetti resolva sair ao Senado, em Rondonópolis e na região Sul abre um “boqueirão” para uma candidatura a deputado federal.Esse espaço de federal eventualmente deixado por Adilton Sachetti, também deverá ocorrer em outras regiões onde o agronegócio pontifica, especialmente nos segmentoss que seguem a liderança de Blairo.Diante desse fato, as equações políticas e eleitorais, acompanhando a dinâmica do processo, devem se movimentar nesse sentido, o de trabalhar a majoritária para o governo,  sem o peso contra ou pró de Blairo Maggi, e de buscar preencher a lacuna com a provável candidatura de Sachetti a senador.   SINAL VERDE DE MAGGI   Quanto a uma eventual candidatura sua a senador, Sachetti admitiu que é factível, a partir da renúncia de Blairo Maggi disputar qualquer mandato eletivo este ano e, principalmente, pela disposição demonstrada pelo ministro da Agricultura em ajudá-lo nessa nova caminhada.A indefinição, se é que existe, de Adilton é apenas quanto ao seu futuro partidário, que estaria entre o Dem e o PP.“Agora vamos conversar e dialogar. Antes da saída do Blairo da disputa, era difícil se filiar no PP porque teriam dois candidatos para a Câmara Federal. Agora com essa possibilidade de disputar o senado vamos conversar e ver como isso vai se definir. Lá no DEM já tem o Jayme Campos como um forte candidato ao senado. Vamos conversar agora”, disse Sachetti confirmando o convite feito pelo PP.   Já sobre a pretensão do deputado federal disputar a vaga de senador, o próprio Blairo sinalizou positivamente. “Se tomar a decisão de ser candidato, terá nossa simpatia. Jamais iria contra alguém como Adilton, que é meu amigo e tenho todo respeito por ele”, afirmou o ministro.