Colégio Eleitoral reconhece vitória de Biden; novo presidente diz que "democracia dos EUA mostrou ser forte" e citicou Trump por não respeitar maioria do povo

 Colégio Eleitoral reconhece vitória de Biden; novo presidente diz que
Redaçã O presidente eleito dos Estados Unidos, Joe Biden, fez um discurso à nação dos Estados Unidos na noite de hoje após ter sua vitória confirmada pelos votos do Colégio Eleitoral americano. Biden afirmou que "a vontade do povo prevaleceu" e criticou o atual presidente, Donald Trump, pela tentativa de reverter na justiça o resultado das eleições. "Mais uma vez, na América, prevaleceu o Estado de Direito, nossa Constituição e a vontade do povo", disse Biden no discurso. "Nossa democracia pressionada, testada, ameaçada, provou ser resiliente, verdadeira e forte.", completou ele.   "Mais de 80 milhões de americanos votaram em mim e na senadora Kamala Harris. Nós tivemos uma margem maior que 7 milhões de votos que meu oponente. Nos conquistamos 306 votos eleitorais, mais do que os 270 necessários e o mesmo número de votos eleitorais que o Donald Trump e o vice receberam em 2016", afirmou. "Na época, o presidente chamou a vitória dele de arrasadora, e por todos os padrões, nós mostramos que temos uma vitória arrasadora." Críticas a TrumpUsando um tom bem mais crítico a Donald Trump, Biden comentou as inúmeras tentativas do atual presidente de reverter na Justiça o resultado da eleição. "A campanha do Trump trouxe dezenas de processos e ações para contestar as eleições. Eles foram ouvidos e cada vez que eles foram ouvidos eles viam que não tinham nenhum mérito.", afirmou ele, que completou criticando o processo movido pelo estado do Texas, que questionava e tentava reverter a eleição de Biden. "Ainda mais chocante, 17 procuradores gerais e mais de 170 legisladores e congressistas assinaram junto com o processo feito pelo estado do Texas que contestava em quatro estados. Essa manobra legal foi um esforço para tentar chegar à Suprema Corte e conseguir reverter o voto de mais de 20 milhões de americanos.", falou Biden. Para Biden, o presidente Donald Trump "se recusou a respeitar a vontade do povo". "É uma posição tão extrema, que nunca haviamos visto. Uma posição que se recusou a respeitar a vontade do povo, a respeitar o Estado de Direito e a honrar a nossa Constituição", disse. "Alguns estados fizeram recontagem, todas as contagens foram confirmadas, na Geórgia os votos foram recontados três vezes e isso não mudou o resultado das eleições. E nem assim eles pararam com as alegações." "O presidente perdeu no colégio eleitoral, perdeu nos estados, perdeu no voto popular e perdeu nos estados onde ele tentou reverter a eleição." Celebração ao recorde de votos em meio a pandemia Mais de 155 milhões de americanos foram às urnas para escolher o próximo presidente dos Estados Unidos, um recorde absoluto, que foi chamado por Biden de "uma clara demonstração da verdadeira vontade do povo americano e a maior demonstração de dever cívico ja visto."" Para ele, o número alto de votos, mesmo em meio a uma crise sanitária em que os Estados Unidos são o país mais afetado pela pandemia da covid-19, provou que o povo americano tem a "chama da democracia acesa" há muito tempo. "Nada, nem mesmo a pandemia ou o abuso de poder, pode apagar essa chama.", disse Biden. "Nos Estados Unidos, os políticos não tomam o poder, as pessoas concedem o poder a eles." Agradecimento aos voluntários Biden dedicou parte do discurso para agradecer a todos aqueles que participaram da votação como voluntários. Segundo o presidente eleito, estes servidores foram "submetidos a muita pressão politica, agressão verbal, e até mesmo ameaça de violência". O democrata afirmou que espera que nunca mais esses "americanos patriotas" sejam "submetidos a esse tipo de abuso". "Uma das coisas extraordinárias que vimos neste ano foi que todos os americanos, nossos amigos e vizinhos, muitas vezes voluntários, democratas, republicanos, independentes, demonstrando coragem absoluta, eles mostraram uma fé profunda e inabalável e um compromisso com a lei", disse ele, adicionando ser "inacreditável" o que estes voluntários tiveram que enfrentar durante o período eleitoral. "Nossa democracia sobreviveu graças a estas pessoas.", elogiou. (Com AFP)