Mário Marques de AlmeidaDepois de ser defenestrado do PPS, partido que liderou por vários anos no Estado e perdeu o comando  para o grupo do governador Pedro Taques (PSDB) que, através de uma articulação nacional assumiu o controle da sigla em Mato Grosso, o ex-prefeito de Rondonópolis, Percival Muniz, assinou sua ficha de filiação ao Partido Democrático Trabalhista (PDT), na tarde desta sexta-feira (6). Naquele município, principal polo econômico e político do interior, Muniz esvaziou o PPS na Câmara Municipal, levando junto consigo para o PDT os vereadores Fábio Cardozo e Thiago Muniz.Doravante, Percival se junta ao deputado estadual Zeca Viana, presidente da executiva regional pedetista, e ao ex-prefeito de Lucas de Rio Verde e ex-deputado estadual, Otaviano Pivetta,  unificando o discurso de montar uma chapa oposicionista para enfrentar o governador Pedro Taques, que deve disputar a reeleição em outubro deste ano.Nesse contexto, vale salientar que o trio Muniz, Pivetta e Viana fez parte da linha de frente nas articulações que culminaram na eleição do atual governador no pleito de 2014.  Os três políticos, após divergências incontornáveis, que foram se aprofundando com o passar do tempo, romperam com Taques e se situam atualmente entre os principais adversários do chefe do Executivo. O primeiro deles a se afastar do governador foi Zeca Viana, seguido tempos depois por Otaviano Pivettta e agora Percival. O ex-prefeito de Rondonópolis já vinha somatizando descontentamentos com o líder do PSDB e que extrapolaram com a sua queda do comando do PPS. Fato atribuído a uma ingerência do tucano mato-grossense juinto ao presidenciável Geraldo Alckmin e o senador José Serra, que acionaram o cacique nacional do PPS, Roberto Freire, ligado ao PSDB nacional, para arrancar a sigla das mãos de Muniz.RAPOSAPercival Muniz tem uma longa trajetória de  cerca de 35 anos na política. Egresso do movimento estudantil, ele se elegeu vereador em Rondonópolis, em 1.982; depois deputado federal, vice-prefeito, prefeito por duas vezes daqela cidade e também foi eleito deputado estadual.Visto como “raposa da política”, é tido como articulador hábil no cenário estadual, no entanto, nas últimas eleições foi derrotado por Zé Carlos do Pátio (SD) na disputa pela prefeitura rondonopolitana.