RedaçãoO tom político vigente no Estado  é o de polarização e acirramento de ânimos em torno de um projeto comum e de oposição a Pedro Taques (PSDB). Isso ficou evidente em almoço realizado em um restaurante de luxo da Capital, nesta segunda-feira (9), reunindo lideranças de nove partidos. O mote é o enfrentamento ao governador, candidato à reeleição e que, por sua vez, tem em torno de seu nome quatro siglas (PSDB, PSB, PPS e Solidariedade) e continua articulando a adesão de mais aliados. Fato que aponta no sentido de que a disputa eleitoral deste ano no tocante ao Governo do Estado será uma das mais acirradas da história recente de Mato Grosso. Quem viver até lá, verá!Para se ter uma ideia do “tempero” das conversas mantidas entre os comensais desse ágape onde o “prato do dia” foi a discussão sobre como conduzir, daqui para frente,  a convergência contra Taques, confira o que falou um deles:“A unanimidade entre esses partidos, o que nos une de maneira geral, é que ninguém mais aceita e tolera esse desgoverno. Essa calamidade administrativa. Vamos fazer o que era para ter começado a ser feito há quatro anos, quando o governador Pedro Taques foi eleito”.  A declaração de “guerra” ao governador tucano é de Otaviano Pivetta, recém-filiado ao PDT, ex-aliado de Taques, hoje seu opositor “encarniçado” e, pelo jeito, já passou a atuar como espécie de porta-voz informal do grupo. Com a ausência, por sinal,  bastante “notada” de Jayme Campos, participaram da “refeição” representantes do PDT, DEM, PSD, PTB, PRB, PHS, PCdoB, PP e PROS.  Dentre os presentes no almoço, organizado pelo presidente regional do PDT, deputado estadual Zeca Viana, estavam o ex-vice-governador Carlos Fávaro (PSD), o ex-prefeito de Cuiabá, Mauro Mendes (DEM), os deputados federais, Ezequiel Fonseca (PP), Fábio Garcia (DEM) e Adilton Sachetti (PRB), o deputado estadual Mauro Savi (DEM), o ex-senador Júlio Campos, o presidente do Pros, vereador Dilemário Alencar e o suplente de deputado estadual, Adriano Silva (DEM), o ex-senador Osvaldo Sobrinho (PTB) e a ex-reitora da UFMT Maria Lúcia Cavalli Neder (PCdoB).Os líderes partidários alegam que a motivação para esse primeiro encontro, ao redor, aliás, de uma lauta bacalhoada, é a “frustração com a gestão do atual governo, e percepção de que o modelo de gestão no Estado não atende e não irá atender aos anseios sociais dos mato-grossenses”.Por enquanto, não definiram nenhum pré-candidato para encabeçar uma eventual chapa “anti-Taques”, mas o nome que vem despontando entre eles, até pela forma como foi “paparicado” no almoço, é o do ex-prefeito de Cuiabá, Mauro Mendes.No entanto, visando dar mais organicidade ao movimento oposicionista, destacaram que nas próximas semanas, as siglas estarão construindo uma agenda de propostas e compromissos para serem debatidos com todos os setores representativos do Estado. Conforme afirmou o deputado federal Fábio Garcia, presidente da executiva regional do Dem, “os partidos vão dar as suas contribuições e vamos sentar para desenhar esse novo projeto para Mato Grosso”.Pelo teor de sua fala, Pedro Taques está descartado como candidato nessa equação. Mas, nem por isso pode ser considerado “carta fora do baralho”... Até porque, o jogo ainda nem começou! Está apenas no “almoço”, mas falta o jantar e a sobremesa...