Sem um pingo de chuva há 73 dias e calor escaldante, Capital de MT vê reforçar apelido de "Cuiabrasa"
Sem um pingo de chuva há 73 dias e calor escaldante, Capital de MT vê reforçar apelido de "Cuiabrasa"
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23/08/2021 - 23:18
Redação
Normalmente calorenta, Cuiabá é retratada por pessoas oriundas de cidades com temperaturas mais baixas, como "Cuiabrasa". O apelido não incomoda os cuiabanos de "tchapa e cruz" ou adotivos, que primam pelo espírito irreverente, sabem tirar "sarros" e também aceitam “numa boa” a recíproca das gozações. Faz parte do jogo!
No entanto, com o calor batendo em 40,2º C, a exemplo desta segunda-feira (23) e há 73 dias sem chuva, rodeada por focos de incêndios, como os que ocorrem na região da Chapada dos Guimarães, a cidade não tem como refutar o aludido "Cuiabrasa". Principalmente, porque não existem previsões de chuvas nos próximos dias.
O último registro de precipitação pluviométrica foi no dia 11 de junho, com 9,2 milímetros de água.
Na última terça-feira (17), a capital teve recorde de calor, atingindo 40,4°C. Foi a temperatura mais alta já registrada neste ano.
O recorde anterior era do dia 9 de janeiro, quando os termômetros marcaram 39°C.
Em média na capital, durante a estiagem, os dias estão mais quentes registrando entre 38°C e 40°C no período da tarde.
Monitoramento
A Secretaria Estadual de Meio Ambiente (Sema) faz o monitoramento da qualidade do ar em Mato Grosso. Nas últimas semanas, os números mostram que alguns municípios do estado estão com a qualidade do ar entre boa e inadequada, com uma oscilação muito grande.
Incêndios
Além da queimada que assola a APA (Área de Proteção Ambiental) localizada em Chapada dos Guimarães, nas proximidades de Cuiabá, a falta de chuvas aumenta o risco de incêndio durante esse período.
Na região do Pantanal, já são mais de 261 mil hectares que pegaram fogo, conforme monitoramento feito pelo instituto SOS Pantanal. A marca está próxima do registrado neste mesmo período, em 2020, quando foram devastados 265 mil hectares.
Em Cáceres, um incêndio que começou há sete dias ainda não foi controlado. A falta de água e os incêndios subterrâneos dificultam o combate. Uma aeronave da Defesa Civil chegou na manhã desta segunda-feira (23) para ajudar os brigadistas e bombeiros na operação.