Em apenas 22 dias queimadas se alastram e aumentam 274% em MT
Em apenas 22 dias queimadas se alastram e aumentam 274% em MT
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24/08/2021 - 22:42
Redação
Somente de 1º a 22 deste mês de agosto, já são 4.138 ocorrências detectadas, um aumento de 274% se comparado ao mesmo período de julho passadoOs focos de incêndios atingem os mais diferentes pontos de Mato Grosso. Há dias, os biomas do Pantanal, Cerrado e Amazônia estão sob uma densa camada de fumaça e fuligem, que são levadas pelo vento para cidades vizinhas como Poconé e mais distantes como Cuiabá e Várzea Grande. Somente de 1º a 22 deste mês de agosto, já são 4.138 ocorrências detectadas, um aumento de 274% se comparado ao mesmo período de julho passado quando foram contabilizados 1.105 focos em todo o Estado.
Um dos pontos atingidos trata-se de uma área de proteção ambiental (APA) perto do Parque Nacional de Chapada dos Guimarães (65 km ao Norte de Cuiabá), onde o fogo já destruiu cerca de 5 mil hectares. Por lá, mais de 150 pessoas, entre bombeiros e brigadistas, atuam no combate às chamas. Para o trabalho, as equipes contam com suporte de aeronaves, que lançam água nos pontos onde há fogo.
Mas, a alta temperatura, vento e a baixa umidade dificultam o combate do fogo, que se alastra facilmente pela vegetação seca. Por conta da fumaça, a MT-251, que dá acesso à cidade de Chapada dos Guimarães, precisou ser interditada na tarde do domingo (22). Também não se sabe qual é a origem deste incêndio.
Já no Pantanal mato-grossense o estrago provocado pelas queimadas em 2020 se repete. No bioma, o trabalho, nos últimos dias, se concentrou em três focos de incêndio na região acima do Rio Pixaim, em Poconé (110 km ao Sul de Cuiabá). Também havia outro incêndio em Cáceres (214 km da Capital), na fronteira com a Bolívia.
De acordo com as informações, pelo menos 20 mil hectares de vegetação foram destruídos pelas chamas. O trabalho de combate feito pelos bombeiros conta com o apoio de brigadistas e funcionários das fazendas localizadas na região.
Dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) mostram que, no momento, o Estado responde por 15.9% do total de focos registrados em todo país (75.468). Após vem o Pará com 9.305 ocorrências, seguido do Amazonas com 7.412 registros e o Tocantins com 6.120. Desde o início de janeiro até ontem (23), 11.393 focos de calor foram detectados no Estado.
A situação preocupa, mas a quantidade representa uma queda de 25% em relação a 2020, quando foram contabilizadas 15.315 ocorrências. Na Amazônia, são 32.006 focos, o que representa uma redução de 13% em relação a 2020 (37.001), no Pantanal 1.953, uma queda de 75% se comparado ao ano passado (8.073), e no Cerrado já são 27.001 pontos de calor, um crescimento de 32% em relação ao período anterior (20.425).
MORRO DA LUZ – Ainda ontem (23), o Corpo de Bombeiros foi acionado para atender uma ocorrência no Parque Antonio Pires, mas conhecido como Morro da Luz, entre as Avenidas Tenente Coronel Duarte (Prainha) e a Coronel Escolástico, no Centro Histórico de Cuiabá.