Redação De acordo com o Lasa - Laboratório de Aplicações de Satélites Ambientais do Departamento de Meteorologia da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro) - mais de um milhão de hectares do pantanal foram destruídos pelas chamas neste ano. "Desse total são 221.850 hectares no pantanal do Mato Grosso, e a maior parte, 934.275 hectares da área pantaneira de Mato Grosso do Sul, totalizando então 1.156.125 hectares de área do pantanal queimada", disse Alexandre Pereira, analista ambiental do Ibama Prevfogo . O Pantanal é uma das maiores extensões úmidas contínuas do planeta e está localizado no centro da América do Sul, na bacia hidrográfica do Alto Paraguai. Sua área é de 138.183 km², com 65% de seu território no estado do Mato Grosso do Sul e 35% em Mato Grosso. Além do longo período de estiagem que a maior planície inundável do mundo vem enfrentando, desde o ano passado, o que tem facilitado o surgimento de seguidos focos de incêndios dificilmente debelados, para se chegar ao atual estágio de desastre ambiental que o Pantanal sofre, contribuiu para essa tragédia, segundo especialistas, o maior desmonte de órgãos de controle e fiscalização do meio ambiente já verificado na história do Brasil, e que foi e está sendo patrocinado pelo governo Bolsonaro. Um exemplo desse verdadeiro crime contra os biomas, amazônico, cerrado e pantaneiro pode ser constatado pela desestruturação de entidades protetoras do meio ambiente, a exemplo do Ibama e Instituto Chico Mendes. Esses dois importantes braços de apoio às políticas preservacionistas e de exploração racional dos recursos naturais foram, deliberadamente, sucateados na gestão negacionista de Jair Bolsonaro. O resultado é o aumento de queimadas pelo país afora.